Secretário de Estado do Desporto concorda com decisão do TAS
Queiroz foi castigado com seis meses de suspensão pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), na sequência de insultos durante um controlo antidoping à selecção portuguesa, realizado a 16 de Maio, aquando do estágio de preparação para o Mundial de 2010, e hoje o TAS aceitou o pedido de efeito suspensivo do castigo aplicado.
À entrada para as primeiras jornadas médico-desportivas de Guimarães, Laurentino Dias considerou que essa era uma "decisão já esperada" e acha bem que assim seja.
"Já na quarta-feira a ADoP tinha dado conhecimento público que não se opunha a essa pretensão e eu acho bem que a ADoP não espere do processo outra coisa que não a sua decisão final e, portanto, também me parece razoável a decisão do tribunal", afirmou o secretário de Estado.
Para Laurentino Dias, até essa deliberação final acontecer a ADoP "não tem nenhuma razão para impedir que o ex-seleccionador nacional possa exercer a sua profissão onde bem entender e contratar".
O governante recusou ainda ler nesta decisão do TAS uma derrota da ADoP - "isto não é um jogo de futebol, são coisas sérias" - e que possa ser um indício da decisão do mesmo tribunal sobre o recurso do antigo treinador ao castigo propriamente dito.
Sobre a reafirmação de Gilberto Madaíl, quinta feira, de não querer recandidatar-se à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), não quis comentar e não quer imiscuir-se no processo.
"Não é um problema meu, é da FPF, dos seus associados e das pessoas do futebol. Não tenho nada a ver com as eleições da FPF. Há completa e total autonomia da sua direcção sobre estas coisas. Tenho tido muito boas relações com o presidente Gilberto Madaíl ao longo destes cinco anos, mas não é a mim que me cabe fazer estas escolhas", reforçou.
Quanto às declarações de Amândio de Carvalho, vice-presidente da FPF que assumiu que desde o início não apoiou a contratação de Carlos Queiroz, Laurentino Dias deixou os comentários para os "comentadores desportivos": "Não quero exceder o que é a minha obrigação e mesmo quando a cumpro há quem entenda que vou longe de mais", concluiu.