O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares garantiu que o Orçamento de Estado para 2017 prevê "uma nova redução do nível de fiscalidade", numa entrevista ao Negócios e Antena1 em que admite aumentos das pensões acima da inflação.."Vamos ter uma nova redução do nível de fiscalidade, e isso é importante quando nós sistematicamente vamos ouvindo notícias ou fugas, umas confirmadas ou não, sobre aumento de impostos, um sobressalto permanente, quando em 2016 o nível de fiscalidade reduziu e em 2017 o mesmo vai acontecer", assegura Pedro Nuno Santos na entrevista publicada hoje pelo Negócios..Para o secretário de Estado, é "injusta" a ideia de que o executivo prepara aumentos generalizados de impostos.."É injusto para com um Governo que não é, por mais cambalhotas que se queira dar, um Governo que aumenta o nível de fiscalidade como aconteceu durante quatro anos", assinala..Pedro Nuno Santos aponta o caso do IVA da restauração, que se reduziu para 13% no segundo semestre de 2016, e em 2017 vai manter a incidência durante todo o ano..Na entrevista, o secretário de Estado reafirma o objetivo de "um sistema fiscal mais progressivo", admitindo que as "mexidas nos escalões de IRS são um objetivo esta legislatura", mas não vão acontecer já em 2017..Quanto ao imposto sobre o património, Pedro Nuno Santos diz que o processo está "em fase de conclusão", escusando-se a indicar o valor patrimonial dos imóveis a partir do qual será aplicado, afirmando apenas que "há algumas afinações para fazer"..O membro do Governo reafirma a possibilidade de aumentos das pensões "acima da inflação".."Não há nenhuma medida que vá contra a matriz ideológica do PS", assegura ainda o secretário de Estado, para quem Marcelo Rebelo de Sousa é "um Presidente que mudou a forma como se exerce essa presidência e conseguiu reconciliar o povo com a política, os políticos, nomeadamente com a Presidência da República".