Pedro Sanchéz ameaça com fantasma da extrema-direita para as eleições

Primeiro-ministro espanhol e ex-presidente da Junta da Andaluzia, Pedro Sánchez e Susana Díaz, respetivamente, apelaram à união da esquerda para fazer face à ascensão da extrema-direita em toda a Espanha.
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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e a líder socialista andaluza, Susana Díaz, deixaram o clima de competição antigo de lado e apareceram juntos, neste sábado, em Sevilha, na apresentação da recandidatura de Juan Espadas à câmara da cidade. Díaz manifestou o seu apoio ao secretário-geral do Partido Socialista espanhol (PSOE), apelando ao voto no primeiro-ministro a 28 de abril, nas eleições legislativas que foram antecipadas por causa do chumbo do Orçamento do Estado para 2019.

"Iniciámos em Sevilha duas campanhas com o objetivo de parar a direita. Vamos sair com vontade e unidos. Conhecemos o desafio histórico que enfrentamos. Se não houver uma maioria sólida, as direitas irão unir-se. Por isso, no dia 28 de abril temos de dar a Pedro Sánchez uma maioria sólida para que ele possa fazer o que não o deixaram fazer", disse Susana Díaz, ex-presidente da Junta da Andaluzia. A 2 de dezembro, os socialistas de Díaz venceram as eleições autonómicas na Andaluzia, embora com o pior resultado de sempre. Não conseguiu chegar à maioria absoluta e, por isso, viu-se arredado do poder.

"Se não formos votar, vai passar-se em Espanha o que aconteceu com a Andaluzia: três direitas, dois governos e uma confusão", defendeu Pedro Sánchez, referindo-se ao novo executivo andaluz, liderado pelo Partido Popular e pelo Ciudadanos, com o apoio do partido de extrema-direita Vox. Díaz completou a preocupação do chefe do governo espanhol indicando que desde que estes partidos tomaram posse já puseram em causa a lei da igualdade e da violência de género e revogaram a Lei da Memória Histórica.

Sánchez e Díaz mostraram que este não é tempo de discórdia. A luta entre os dois vem de longe e resulta da vontade de ambos ocuparem a mesma posição - a liderança do PSOE. Em 2016, Díaz tentou chegar a secretária-geral do partido, mas perdeu as eleições primárias para o atual primeiro-ministro, tendo continuado com as suas responsabilidades regionais como presidente da Junta de Andaluzia.

Esta foi a primeira grande aparição pública da líder socialista desde os maus resultados nas autonómicas de 2 de dezembro. E de Sánchez desde que antecipou as eleições para 28 de abril.

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