Se cortar limas ou cenouras, não apanhe sol ou arrisca queimaduras sérias

Casos são raros e muitas vezes mal diagnosticados, daí que o tratamento seja muitas vezes mais prolongado do que seria necessário se a origem da queimadura fosse corretamente identificada
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Chama-se fitofotodermatite e pode ser o seu pior pesadelo, se decidir expor ao Sol áreas do corpo que, anteriormente, tenha mantido em contacto com certos vegetais e citrinos (limão, lima ou até laranja).

"Não é carvalho venenoso, é fitofotodermatite ou 'queimadura de margarita'", comenta Justin Fehntrich, mostrando, na sua página do Facebook, as mãos visivelmente queimadas, o que terá sido o resultado do seu trabalho ao Sol depois de ter cortado mais de 100 limas.

O sumo e óleos das limas, tal como o das cenouras, por exemplo, contêm químicos que acentuam a sensibilidade da pele humana à luz solar. Quando uma área humidificada por estes líquidos é assim exposta fica mais facilmente queimada.

Para tratar, usa-se "hidratante e protetor solar para queimaduras de primeiro grau e no caso das queimaduras de segundo grau, drenamos as bolhas, aplicamos bacitracina e envolvemos a ferida com gaze antiaderente", explica Jeremy Goverman, especialista no Hospital General Massachusetts e professor na Harvard Medical School. O tratamento necessário pode ser simples, mas a dificuldade de diagnóstico muitas vezes dificulta e prolonga o tempo de cura.

Os casos de fitofotodermatite são raros e muitas vezes mal diagnosticados, já que parecem ora reações a plantas venenosas ora simples queimaduras resultantes do contacto com água a ferver. As mãos - sobretudo de empregados de bares, chefs de cozinha e pessoas que regularmente trabalham com frutas cítricas - são as áreas mais afetadas, embora braços e pernas possam também ser vítimas desta maleita.

Depois de três semanas, a mão afetada de Justin já não mostra bolhas, mostrando apenas vermelhidão que em breve se espera desaparecer, reporta a The Atlantic.

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