Sarna infeta alunos em escola com 700 alunos
A identificação de casos de sarna (escabiose) numa escola do Barreiro, confirmada ao DN por fonte da Delegação de Saúde, faz aumentar o número de alunos infetados pelo parasita "sarcoptes scabiei" nos estabelecimentos de ensino da Grande Lisboa, depois de Loures, Póvoa de Santo Adrião e Cascais, concelho onde foram atingidas oito escolas.
A direção da Escola Básica D. Luís de Mendonça Furtado, frequentada por cerca de 700 alunos, também já confirmou a existência de estudantes com sarna, tomando a iniciativa de chamar o delegado de saúde do concelho, mas nem a escola nem a autoridade de saúde revelam quantos alunos estarão infetados.
"É uma questão que até pode ser exterior à escola", diz fonte da Delegação de Saúde, admitindo que "qualquer miúdo que seja contagiado com o parasita basta-lhe ser tratado e está o problema resolvido. Isto não é um problema de saúde pública", acrescenta a mesma fonte, que, ainda assim, chama a atenção para sinais de alerta como vermelhidão e comichão.
Mas é o alegado "silêncio" da direção da escola que estará a perturbar alguns pais que têm procurado saber o que se está a passar, havendo conhecimento de que, pelo menos, um aluno terá recorrido ao hospital pediátrico de Dona Estefânia (Lisboa), precisamente com sintomas de vermelhidão e comichão no corpo. Viria a ser-lhe diagnosticada sarna.
Recorde-se que a Direção-Geral da Saúde já esclareceu sexta-feira que os casos de sarna nas escolas não justificam o encerramento dos estabelecimentos de ensino, nem quarentena obrigatória de crianças infetadas, por não configurar risco de saúde pública nacional e ser facilmente tratável. Já quanto às razões para estar a aumentar o número de casos de escabiose nas escolas da região, a subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, disse desconhecer se efetivamente se está a verificar um aumento ou se é um caso de "epidemia mediática".