Sanita de ouro, que critica Trump, foi roubada de um palácio inglês
A sanita de ouro que o museu nova-iorquino Guggenheim quis oferecer a Trump foi roubada, durante a noite desta sexta-feira, no Palácio de Blenheim, em Oxfordshire, Inglaterra. A polícia local deteve um homem de 66 anos, suspeito de estar ligado ao assalto, segundo a BBC , mas a obra de arte, conhecida como "América", ainda não foi recuperada.
O assalto causou "danos e inundações significativas" no edifício histórico, uma vez que "América", do artista italiano Maurizio Cattelan, foi arrancada do chão. Por isso, o Palácio, que chegou a ser a casa de Churchill, está temporariamente encerrado. Deverá reabrir este domingo.
Na rede social Twitter, os responsáveis pelo monumento pediram aos cidadãos que tenham pistas sobre o paradeiro da peça para que as partilhassem com a polícia de Thames Valley. "É uma pena que um objeto tão precioso tenha sido levado, mas continuamos a ter muitos tesouros fascinantes no Palácio", escreveram.
A sanita, em ouro de 18 quilates, é uma critica aos Estados Unidos e ao seu presidente, Donald Trump. Pertence ao museu nova-iorquino Guggenheim, que tentou oferecer a obra a Trump, quando este e a mulher pediram ao centro de arte um quadro do pintor holandês Van Gogh como prenda para usarem como decoração na Casa Branca.
"América" estava exposta no Palácio de Blenheim desde quinta-feira, no âmbito de uma mostra conceptual do italiano Maurizio Cattelan. Os visitantes poderiam mesmo utilizar a sanita, por um máximo de três minutos para evitar filas.
Na semana passada, Edward Spencer-Churchill, meio-irmão do atual proprietário do palácio, confrontado com a segurança da obra dado o seu valor (mais de 800 mil euros), tinha dito: "Não será a coisa mais fácil de cortar".
"Acreditamos que o assalto foi feito por um grupo de criminosos e que utilizaram pelo menos dois veículos durante o crime. A obra de arte ainda não foi recuperada, mas estávamos a conduzir uma investigação para encontrá-la e levar os responsáveis à justiça", indicaram as autoridades locais, citadas pela BBC.