Salvaram-se o spa e 40 bungalows do hotel de luxo

As áreas comuns do Choupana Hills ficaram completamente destruídas. Peritagem das seguradores teve de ser adiada
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O hotel Choupana Hills, no Funchal, Madeira, foi a unidade hoteleira mais afetada pelos incêndios na ilha, mas não ficou totalmente destruído, já que se salvaram o spa e 40 dos 62 bungalows.

Fonte oficial da Amazing Evolution, que em conjunto com a administração de insolvência é gestora do hotel, avançou à agência Lusa que o hotel "está parcialmente queimado" e as zonas comuns estão todas destruídas, à exceção do spa, apesar de 40 dos 62 bungalow.

De acordo com a mesma fonte, as seguradoras iam iniciar os processo de peritagem hoje, mas devido às temperaturas elevadas que ainda se fazem sentir nos edifícios têm que aguardar por condições técnicas para avançar.

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O Choupana Hills pede ainda "a todas as pessoas que tenham feito reservas no hotel que contactem os seus agentes de viagens", garantindo que "o hotel assegura o reembolso, assim que possível, de todos aqueles que consigam confirmar as reservas".

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A Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira assegurou ontem à tarde que a atividade turística na região estava a "regressar à normalidade", com a operação aeroportuária e portuária a funcionar regularmente e as infraestruturas totalmente operacionais.

Num comunicado, a secretaria referia ainda que os turistas que tiveram a necessidade de sair dos hotéis onde se encontravam, "na maioria dos casos por precaução", já tinham regressaram às respetivas unidades, prevendo-se que a situação estivesse completamente normalizada durante a tarde.

Também ontem, a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) apelo aos órgãos de comunicação social para que transmitissem uma "mensagem positiva e de tranquilidade" para que a imagem do destino Madeira "não seja afetada".

"A Madeira é um importante destino turístico mas, tal como tantos outros, está exposto a situações adversas da natureza, como esta. Apelamos à comunicação social para que transmita uma mensagem positiva e de tranquilidade para que a imagem do destino não seja afetada", afirmava o presidente da AHP, Raul Martins, citado numa nota de imprensa.

No entanto, o grupo Pestana admitiu hoje que os incêndios na Madeira afetem, no curto prazo, a procura do recém-inaugurado hotel Pestana CR7, no Funchal, lamentando o impacto que os fogos têm no setor do turismo e em toda a ilha.

"O Funchal não tem vivido tempos muito bons. De forma geral, não há nenhum setor de atividade que não vá ser afetado por estes acontecimentos, que afetam todos", lamentou José Roquette, administrador do grupo Pestana com o pelouro do desenvolvimento estratégico, em declarações à agência Lusa.

"Nenhum dos nossos hotéis foi afetado, mas podia ter sido. Mas, na prática, a procura será afetada pelo menos durante a próxima semana. Nestes próximos dias, quem estava a pensar visitar o Funchal se calhar não vem neste fim de semana, vem no próximo", disse José Roquette.

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Ainda assim, o responsável do grupo Pestana considerou que o impacto "não será duradouro" nem vai "comprometer o projeto" do primeiro hotel da parceria com o futebolista Cristiano Ronaldo, que abriu no início de julho.

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