Sacavam bases de dados das empresas onde trabalhavam e vendiam a terceiros
A Polícia Judiciária de Lisboa identificou e deteve três homens e três mulheres, com idades entre os 32 e os 60 anos, por fortes indícios da prática continuada de crimes de acesso indevido, violação do dever de sigilo e corrupção passiva no setor privado.
Segundo o comunicado divulgado pela PJ, os detidos na "Operação Signal" faziam parte de duas redes criminosas, agora desarticuladas, e atuavam nas zonas da Grande Lisboa e no Algarve, dedicando-se à recolha ilícita e comercialização de dados pessoais armazenados em bases de dados de empresas portuguesas com avultada expressão numérica de clientes.
Os suspeitos acediam aos sistemas informáticos corporativos das empresas onde eram trabalhadores, copiavam a informação pessoal de valor comercial para estabelecimento de perfis de utilização, vendendo-os, seguidamente, a terceiros, concorrentes na área de mercado em causa, refere a Judiciária.
Foram apreendidos os meios informáticos e as listagens que davam suporte à atividade criminosa em curso.
A Polícia Judiciária prossegue as investigações para deteção e identificação deste modus operandi e, também, para determinar a extensão do cometimento deste tipo de criminalidade no plano nacional.
Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas de coação.