Rússia organiza Mundial 2018

(COM VÍDEO) Joseph Blatter, presidente da FIFA, anunciou esta tarde que a Rússia foi a escolhida para organizar o Campeonato do Mundo de Futebol de 2018. A candidatura ibérica foi derrotada, tal como Inglaterra e Holanda/Bélgica. Qatar organiza Mundial em 2022.<br />
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O presidente da FIFA anunciou ainda que o Qatar será o anfitrião do Mundial de 2022. Qatar derrotou as candidaturas de Austrália, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.

Dados da Rússia

- Superfície: 17 098 242 km2.

- Capital: Moscovo.

- População: 142 milhões de habitantes.

- Participações no Mundial: Rússia: 2 (1994, 2002); URSS: 7 (1958, 1962, 1966, 1970, 1982, 1986, 1990).

Dados da candidatura:

- Cidades-sede: 13.

- Estádios: 16 (13 novos e três renovados).

- Orçamento para estádios: 2800 milhões de euros.

- Quartos de hotel: 100 000.

- Despesas correntes: 475,1 milhões de euros.

- Bilhetes: 3,1 milhões.

- Pontos fortes: Número de estádios e hotéis novos, experiência na organização de eventos.

- Pontos fracos: Dimensão territorial, inexistência de rotas aéreas entre várias regiões.

A Rússia apresentou-se como "um país novo", que continua a fazer a ponte entre o Ocidente e o Oriente e com um potencial ainda por explorar e que atingirá o seu expoente se acolher o mundial de futebol de 2018.

"Propusemo-nos criar um país totalmente novo. Um país com mil anos de história, mas renovado e ávido de modernizar-se. Um país com um potencial rico, não só em recursos naturais, mas sobretudo humanos", declarou o vice-primeiro-ministro russo, Igor Shuvalov, durante a derradeira apresentação da candidatura da Rússia perante a comissão executiva da Federação Internacional de Futebol (FIFA).

Os 22 membros daquele órgão votam hoje quais os países que vão organizar os campeonatos do mundo de futebol de 2018 e 2022 e passaram os dois últimos dias a ouvir os derradeiros argumentos dos nove candidatos: Portugal/Espanha, Bélgica/Holanda, Inglaterra e Rússia (2018), Austrália, Qatar, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão (2022).

Shuvalov disse ainda que a Rússia "é o país que merece mais" acolher a prova, porque está situada numa região (Europa Oriental e Ásia Central) que nunca recebeu um campeonato do mundo de futebol, lembrando que, em caso de vitória, isso será celebrado não apenas pelos 145 milhões de russos, mas por todos os povos que habitam aquele espaço.

Para justificar e reforçar a sua argumentação, o dirigente de Moscovo mostrou um mapa do continente europeu para recordar os 10 países da Europa Ocidental que já receberam mundiais de futebol e a ausência de qualquer organização na Europa Oriental.

O vice-primeiro-ministro recordou ainda o tormentoso passado da Rússia no século XX: "Passámos por todas as dificuldades, mas conseguimos ultrapassá-las", assegurando que o país "quer e vai continuar a desenvolver-se" como nação, objectivo que "seria mais fácil" de atingir se pudesse contar com a ajuda da FIFA.

"Há muitos organismos internacionais, mas só a FIFA pode provocar o desenvolvimento social e económico à escala mundial", afirmou Shuvalov, dando como exemplo a África do Sul, país que recebeu o Mundial2010.

O ministro dos Desportos, Vitaly Mutko, acentuou na sua intervenção os recursos económicos próprios existentes na Rússia, dando como exemplo "os milhões" disponibilizados para financiar os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014.

O presidente da candidatura russa, Alexey Sorokin concluiu, acentuando que será "difícil medir o legado social e futebolístico que um Mundial deixaria na Rússia".

Veja o projecto da Rússia para a organização do Mundial:

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