Ronaldo não é só futebol. Na Madeira até já tem um hotel
Quando Ronaldo nasceu, Dionísio Pestana tinha aterrado na Madeira há nove anos para ajudar o pai a recuperar um hotel. O primeiro, funchalense de naturalidade, o segundo, sul-africano de origem (mas madeirense de coração), juntam-se agora na ilha que os une numa joint venture no mercado hoteleiro.
De portas abertas desde ontem, em soft opening, o Pestana CR7 Funchal é o primeiro de quatro hotéis de um novo segmento do grupo Pestana, que aponta para um target diferente: os millenials. Prática, moderna e tecnológica, esta geração foi a escolhida para a nova filosofia da cadeia hoteleira, criada à semelhança do lifestyle de Cristiano Ronaldo.
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A Madeira, por razões óbvias, foi o primeiro destino escolhido para estrear a marca, que resultará de uma participação igual entre o futebolista e o grupo de hotéis. E de um investimento de 70 milhões de euros no total, que o CEO do Pestana Hotel Group, José Theotónio, prevê que seja recuperado em cinco anos, no caso do Pestana CR7 Funchal (quatro milhões de euros), com as previsões a apontarem para uma taxa de ocupação de 80% da unidade. Coincidência inesperada, o edifício onde o hotel está instalado foi construído há vários anos e recentemente recebeu o museu dedicado ao avançado do Real Madrid, estando neste momento lado a lado com o hotel e em frente à respetiva estátua do atleta.
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Os 49 quartos aspiram a cumprir a praticabilidade e a presença da tecnologia na vida dos millenials, graças à possibilidade de emparelhar os equipamentos portáteis que cada hóspede traz com o LCD, através de um media panel, que permite ligação por bluetooth, wi-fi ou entradas USB. Uma parceria com a operadora Meo proporciona ainda hotspots de wi-fi por toda a cidade e, no futuro, uma aplicação permitirá que a receção não seja ponto de passagem obrigatória para os check in e check out.
A inauguração só acontece oficialmente após o fim da participação de Portugal no Euro 2016 - que Dionísio Pestana espera que seja o mais tarde possível. Antes de partir para um período de férias, Cristiano Ronaldo é esperado na ilha para conhecer, pela primeira vez, o seu hotel, já a velocidade cruzeiro. "Ainda na quarta-feira lhe enviámos fotografias. Ele está muito empolgado. Apesar de não ser a sua especialidade, o Ronaldo tem muitos termos de comparação. Se a parte técnica pertence ao Pestana, o layout e a decoração tiveram o input dele", confidencia o presidente do grupo, que se prepara para abrir 20 hotéis nos próximos quatro anos. Três deles farão ainda parte da marca Pestana CR7. Depois do Funchal segue-se Lisboa, no Terreiro do Paço, no final de agosto, e uma unidade na Gran Vía de Madrid em finais de 2017. Nova Iorque será mais tarde.
Na verdade, esta parceria entre empresário e jogador teve precisamente início na capital espanhola, quando o Pestana Hotel Group planeava as suas primeiras unidades em Madrid. O que se previa ser apenas um hotel, transformou-se numa marca de, para já, quatro unidades. Marca essa que Dionísio Pestana crê ser "eterna", bem além do término da carreira do jogador. "Gerações novas ainda vão ser mais curiosas porque não viveram esta fase da vida profissional do Ronaldo. O Pestana CR7 não é uma marca temporária, é uma marca para o futuro de um ícone mundial que não vai passar de moda. Mesmo que ele não faça mais nada no mundo do futebol, o que já ganhou é história para a vida", conclui o empresário.