Rio e Santana dividem apoios nas bases e entre notáveis do PSD

Os dois candidatos à liderança do PSD estão no terreno a tentar convencer os militantes e a contar espingardas. Barões estão mais com Rio e os deputados mais com Santana
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Num momento em que os dois candidatos à liderança do PSD andam no terreno a convencer as bases e a contar espingardas, muitas estruturas do partido já definiram os apoios. E naqueles que são públicos, porque também há os que são expressos em privado, como garantiu Pedro Santana Lopes em recente entrevista, percebe-se que as estruturas locais estão divididas, tendo-se os "barões" posicionado mais ao lado de Rio e os deputados mais do lado de Santana.

Há de um lado e do outro uma luta renhida pelos apoios que são muito importantes para influenciar o voto dos militantes de base. Ainda na sexta-feira, a candidatura de Pedro Santana Lopes fazia saber que mais um presidente de uma distrital, no caso a de Coimbra, liderada por Maurício Marques, torcia pelo lado do ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. E, como ele, mais oito presidentes daquelas estruturas. A saber: o de Lisboa, Pedro Pinto (vice--presidente de Pedro Passos Coelho), o do Porto, António Bragança Fernandes, o de Faro, David Mascarenhas dos Santos, o de Beja, João Francisco Torrado, a de Évora, Sónia Silva Ramos, o de Santarém, Nuno Carvalho da Serra; o de Castelo Branco, Manuel Frexes, e a de Lisboa Área Oeste, José Francisco Damas Antunes.

A candidatura de Rui Rio também anda a fazer as contas às estruturas que estão com o ex-autarca do Porto. O diretor de campanha, Salvador Malheiro, garante que "depois do anúncio da candidatura de Santana Lopes, em que sentiu a militância de base expectante e indefinida", o que estão a sentir agora "é uma grande consolidação em torno de Rui Rio".

Dos presidentes de distritais contabilizados há os de Viana do Castelo, Carlos Vieira, Vila Real, António Machado, de Bragança, Jorge Fidalgo, de Aveiro, Salvador Malheiro, de Leiria, Rui Rocha, da Guarda, Carlos Peixoto, e, de Portalegre, Armando Varela.

Há ainda outros apoios assumidos: em Braga, o vice-presidente da distrital, André Coelho Lima; o vice da distrital de Coimbra, Paulo Leitão; em Évora, o vice Francisco Figueira; em Faro, o vice Cristovão Norte; em Viseu, o vice Carlos Silva Santiago; e em Santarém o vice, João Moura.

Segundo o diretor de campanha de Rui Rio, há muitos apoios nas restantes distritais e concelhias por todo o país, incluindo na do Porto, em que dizem ter o das duas maiores concelhias, a do Porto e de Gaia, que "valem 40% dos votos naquela estrutura", garante Salvador Malheiro.

Rui Rio tem ainda do seu lado os vice-presidentes e do PSD/Açores, Ricardo Pacheco e Francisco Câmara e todos os presidentes de câmara da Madeira. Salvador Malheiro garante anda que o ex-autarca do Porto tem o apoio de 60% dos presidentes de câmara do PSD e dois terços das estruturas da JSD.

Pedro Santana Lopes tem com ele muitos dos deputados da bancada social-democrata - dos que foram eleitos nas listas de Pedro Passos Coelho em 2011 e 2015 -, como Berta Cabral, Carlos Abreu Amorim, Carlos Silva, Fernando Vale, Joana Barata Lopes, Miguel Santos, Sérgio Azevedo ou Teresa Morais. Mas o diretor de campanha de Rio diz que é preciso "desmistificar" essa ideia de que todos os passistas estão com Santana. E dá os exemplos dos deputados António Topa e Adão e Silva e de João Moura, (Cantanhede).

Dos notáveis há uma boa fatia que também está com o ex-autarca do Porto, entre os quais Manuela Ferreira Leite, Mira Amaral e Ferreira do Amaral. Mas Santana também tem ao lado dele António Martins da Cruz e Rui Machete, que é seu presidente da Comissão de Honra.

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