O presidente do PSD afirmou esta segunda-feira que os dois secretários-gerais que teve enquanto líder "foram condenados na praça pública e absolvidos em tribunal", salientando que "entre acreditar neles ou no Ministério Público" preferiu "obviamente" acreditar nos seus dirigentes..Numa publicação na rede social Twitter, Rui Rio refere-se não apenas ao caso de José Silvano, absolvido no chamado processo das 'presenças-fantasma' no parlamento, mas também a Feliciano Barreiras Duarte, o seu primeiro secretário-geral e que se demitiu após notícias sobre falsificação de dados curriculares e morada.."Tive dois secretários-gerais. Ambos foram condenados na praça pública e absolvidos em tribunal. Ambos viram os seus processos de lana-caprina arrastados três anos para gáudio de políticos e comentadores. Entre acreditar neles ou no Ministério Público, acreditei neles. Obviamente!", escreveu o presidente do PSD..Pouco antes, o atual secretário-geral José Silvano tinha deixado um agradecimento especial a Rui Rio por ter mantido a confiança política e segurado no cargo ao longo dos três anos e meio que durou o processo judicial.."Com outro líder, um líder fraco que ficasse sujeito àquilo que a opinião pública ou a comunicação social dizia, era mais fácil substituir o seu secretário-geral, como tantas vezes foi pressionado, do que continuar a defender o seu secretário-geral até ao fim", afirmou Silvano, em conferência de imprensa na sede nacional do PSD..O secretário-geral do PSD José Silvano e a deputada social-democrata Emília Cerqueira foram hoje absolvidos de crimes de falsidade informática de que estavam acusados no chamado processo das "presenças-fantasma" no parlamento..José Silvano e Emília Cerqueira foram assim ambos absolvidos da prática em coautoria de dois crimes de falsidade informática..A sentença, proferida pela juíza Ana Sofia Claudino, considerou que não ficou provado que José Silvano tenha instruído a sua colega de bancada parlamentar a assinalar falsamente a presença do secretário-geral do PSD no parlamento nos dos dias 18 e 24 de outubro de 2018..O tribunal afastou também qualquer intenção de Emília Cerqueira em marcar falsamente a presença de José Silvano no parlamento..O Ministério Público abriu um inquérito-crime sobre este caso em novembro de 2018, depois de ter sido noticiado pelo Expresso que a deputada Emília Cerqueira registou informaticamente José Silvano como presente em dois plenários quando o deputado se encontrava fora de Lisboa, e o parlamento viria a levantar a imunidade a José Silvano em maio de 2020..Em abril de 2021, o anterior secretário-geral do PSD Feliciano Barreiras Duarte, que se demitiu em 2018 após notícias sobre falsificação de dados curriculares e morada, viu o processo sobre o estatuto de investigador numa universidade norte-americana arquivado pelo Ministério Público..Na altura, Rui Rio também assinalou esta decisão judicial no Twitter: "Depois do brutal julgamento público que fizeram a Feliciano Barreiras Duarte temos a decisão judicial. Esta é uma das principais razões pela qual há cada vez menos portugueses de qualidade disponíveis para a vida política", defendeu Rio, numa publicação na rede social Twitter.."Pobre democracia", acrescentou então o líder social-democrata.