Richard Gere protagoniza drama novaiorquino

Viver à Margem, Oren Moverman
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O trabalho do realizador Oren Moverman não será uma revelação, mas não deixa de ser um grande acontecimento - sobretudo num mercado que tende a secundarizar filmes tão brilhantes como este Viver à Margem (título original: Time Out of Mind).

É a terceira realização de Overman, depois de O Mensageiro (2009) e Rampart - O Renegado (2011), tendo também assinado alguns argumentos para outros cineastas, com destaque para I"m Not There (Todd Haynes, 2007) e Love & Mercy (Bill Pohlad, 2014).

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Trata-se de encenar o ziguezague de um sem-abrigo de Nova Iorque, assombrado por memórias tão intensas quanto recalcadas ou inacessíveis. Para além da personagem central permitir a Richard Gere uma das mais notáveis composições de toda a sua carreira, este é um filme que confirma a pulsão realista de importantes sectores da produção contemporânea (americana ou não), ao mesmo tempo que vai arquitectando uma teia temporal que resiste a qualquer cliché dramático ou psicológico. Passam por aqui a herança do mais nobre cinema americano, de John Cassavetes a Robert Altman.

Classificação: ****

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