Responsável pela segurança vai para casa com pulseira eletrónica
Eduardo Santos Silva, o homem de confiança de Pinto da Costa e o patrão da segurança noturna em Lisboa e no Porto saiu do Estabelecimento Prisional de Caxias onde estava em prisão preventiva há seis meses. Vai ficar em casa com pulseira eletrónica.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) deduziu várias acusações no âmbito da Operação Fénix, no início deste mês, que conta com quase 60 arguidos suspeitos de vários crimes, sendo o mais grave de associação criminosa.
Pinto da Costa é um desses arguidos e que poderá ir a julgamento. O presidente do clube terá de responder pelo crime mais leve na lista que envolve as suspeitas desta investigação: recurso a atividade ilegal de segurança privada. O dirigente terá recorrido aos serviços do empresário Eduardo Silva, conhecido por Edu.
Segundo avançou o semanário Expresso, o juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal, considera que ficou reduzido o risco de continuação da atividade criminosa pelo facto de a organização liderada por Eduardo Silva, ter sido desmantelada.
Ao todo são 57 os indivíduos acusados pelo DCIAP no âmbito da Operação Fénix, cuja acusação é baseada nas atividades de uma empresa de segurança privada, a SPDE.
Na Operação Fénix, além do exercício ilícito da atividade de segurança privada, estão em causa outros crimes: extorsão, coação, ofensa à integridade física grave, tráfico e detenção de arma proibida, favorecimento pessoal e associação criminosa.
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Desde 2014 que Eduardo Silva fazia parte do núcleo de confiança do presidente do FC Porto, segundo o Ministério Público. Acompanhava Pinto da Costa e a mulher durante as deslocações da equipa fora da Invicta, como aconteceu a 26 de setembro de 2014, num jogo contra o Sporting.
Os serviços de proteção pessoal de Eduardo Silva estendiam-se a toda a família do presidente portista.