Responsabilidade jornalística fora da sala de aula
A tarde teve início com a apresentação da Galeria do edifício do Diário de Notícias, onde se encontram frescos alusivos a Portugal e ao trabalho de imprensa, da autoria de Almada Negreiros. Após uma contextualização introdutória, os jovens alunos foram encaminhados para o auditório onde puderam assistir a um filme que retrata os primórdios da história do jornal, bem como a sua importância na história do próprio país. O visionamento do filme abriu espaço para um fórum de debate acerca dos mais variados temas relacionados com a produção e o acesso à informação. São exemplo disso as vantagens e desvantagens inerentes ao uso da internet, as várias profissões ligadas a um jornal, o jornalismo digital, entre outros.
"Aprendi que os jornalistas se organizam por temas, que era algo que eu não sabia", disse a aluna Sara Caldeira, do 8.º ano, após ter tido a oportunidade, acompanhada dos seus colegas, de visitar a redação do DN. Este foi o momento em que os alunos puderam contactar com a realidade vivida num jornal: o ritmo, o funcionamento, a distribuição de tarefas e a organização do espaço.
Por fim, chegou a altura de aplicar os conhecimentos adquiridos durante toda a visita e de escrever notícias de primeira página, como verdadeiros jornalistas. "A experiência está a ser boa, aprendi que é complicado ser jornalista. A trabalhar aprende-se melhor como fazer notícias.", acrescentou Sara.
Depois de todas as etapas da visita estarem concluídas, os jovens alunos perceberam que, atualmente, ser jornalista já não é apenas escrever notícias, mas sim estar constante e simultaneamente presente em todas as plataformas a que o leitor acede no seu dia-a-dia. Para a professora de Português Ana Papa "foi muito bom ter trazido cá os meus alunos porque eles já tinham escrito notícias em sala de aula, normalmente com ideias deles ou minhas e agora estão na realidade a trabalhar praticamente na redação de um jornal. Conheceram as etapas todas, agora é muito mais engraçado ver tudo o que é possível fazer e eles estão a sentir-se responsáveis tal como um jornalista a fazer o seu trabalho."