Relatório defende mais tempo para investigar casos graves
A recomendação consta do relatório complementar de Monitorização da Reforma Penal elaborado pelo OPJ, a que a agência Lusa teve hoje acesso e que sublinha que "o prazo geral de oito meses" conferido ao Ministério Público para conduzir o inquérito quando não haja arguidos presos "pode já não ser adequado em casos de crimes graves" e complexos, pela natureza do crime ou pelo número de arguidos ou vítimas.
Assim, o OPJ admite que se aumente para "16 meses" o tempo concedido para a realização do inquérito, propondo duas possibilidades: ou definir um "catálogo" de crimes com prazo máximo de inquérito de 16 meses ou dar ao Ministério Público o poder de declarar "casuisticamente" a "excepcional complexidade" de um determinado inquérito, conferindo-lhe mais tempo.