Sonho rosa de João Almeida está de regresso
O pelotão da Volta a Itália em bicicleta parte hoje para a estrada e com ele leva o sonho de João Almeida. O ciclista português, que no ano passado vestiu a camisola rosa, símbolo da liderança do Giro, durante 15 dias, está de volta e como líder da Deceuninck-QuickStep.
Há ainda mais dois portugueses em prova, Ruben Guerreiro (Education First-Nippo), que no ano passado foi o líder da montanha, e Nelson Oliveira (Movistar).
Depois de um ano de 2020 histórico, em que terminou em 4.º lugar da geral - o melhor resultado de sempre de um português na corrida -, João Almeida terá a equipa belga a puxar por ele. "Da minha parte podem esperar foco total, dar o meu melhor, e lutar todos os dias como sempre. Esperemos que corra bem", disse, confessando que sente o peso da rosa do ano passado. Até porque os rivais "olham mais" para ele e já não é "desconhecido".
A 104.ª edição da Volta a Itália em bicicleta arranca sábado com um contrarrelógio em Turim, terminando a 30 de maio com novo crono em Milão, onde será coroado o sucessor do ausente Tao Geoghegan Hart (INEOS).
Serão 21 etapas com muitas subidas exigentes, dois contrarrelógios e poucas oportunidades para relaxar no regresso do calendário normal e sem os encurtamentos do ano passado provocados pela pandemia.
O regresso dos 35,2 quilómetros de strade bianche a caminho do exigente Montalcino, naquele que será um dos dias mais difíceis da prova, é um dos momentos mais aguardados pelos fãs da mais dura das três grandes voltas (Tour, Vuelta e Giro).
O colombiano Egan Bernal (INEOS) e o britânico Simon Yates (BikeExchange) são os grandes candidatos ao triunfo, com uma incógnita chamada Remco Evenepoel, precisamente colega de João Almeida na Deceuninck-QuickStep.