Foram quatro dias intensos, de muita vela, mas também de música, gastronomia e arte urbana. O Terminal de Cruzeiros, em Lisboa, recebeu um evento que se quer tornar anual e uma referência da modalidade. Terminada a primeira edição, já se estuda como será a segunda, que poderá ter diferenças a nível competitivo. No entanto, ficou desde logo a garantia de que os melhores do mundo continuarão a marcar presença numa prova que permite ver de perto - por vezes mesmo de muito perto - as embarcações e os seus intervenientes em ação.."Não sabemos se esta modalidade do Match Racing é a mais indicada para este campo de regatas. Estamos a pensar se para o ano não teremos apenas as regatas de frota. São muito dinâmicas, têm mais impacto visual e para os barcos são mais interessantes porque conseguem ganhar mais velocidade", explicou o diretor da Regata de Portugal, Francisco Mello e Castro..A vertente de Match Racing é de um contra um, com o sistema de eliminação, enquanto na de frota estiveram em prova ao mesmo tempo as oito embarcações durante nove regatas, ganhando aquela que somou menos pontos..O feedback tanto de atletas, responsáveis pela World Match Racing, e também por parte dos autarcas de Lisboa foi positivo, o que motiva ainda mais o diretor da Regata de Portugal em trabalhar para que este evento se torne anual: "Há o desafio de trazer mais público. Não correu mal na sexta e no sábado, hoje [domingo] esteve um pouco mais fraco, mas a realidade é que é um desafio fácil de superar, com comunicação. A parte mais difícil do desafio está feita. Agora é melhorar e acertar algumas agulhas.".Francisco Mello e Castro quer apostar ainda mais na parte do evento que inclui música, gastronomia e arte, mas não hesita em dizer que depois de anos de trabalho foi um "projeto bem-sucedido"..Ter no rio Tejo os melhores do mundo seria por si só algo de muito importante, mas poder ter um português a terminar no pódio dá sempre um valor diferente, ainda mais a uma primeira edição. Bernardo Freitas (Adamastor Racing) venceu a última regata de frota, o que lhe permitiu subir ao terceiro lugar na geral, ganha pelo francês Yann Guichard (Spindrift Racing). "Eu dizia-lhe 'queremos que ganhes isto'. O Bernardo tem muito valor e é muito bom ter ficado no pódio", afirmou o diretor, que não esqueceu o outro português em prova, o medalhado olímpico, Hugo Rocha (Team Portugal), sexto classificado na Regata de Portugal..Quanto à competição de Match Racing, o vencedor foi o sueco Nicklas Dackhammar (Essiq Racing), que bateu na final Ian Williams (GAC Pindar). A falta de vento levou ao final precoce da prova. Com a final empatada 1-1, Dackhammar a ganhar a última regata o que lhe valeu a vitória na competição..Nem só de vela viveu a Regata de Portugal. O set do Dejay Kamala é um bom exemplo da diversão que esteve associada ao evento.