Refugiados: Croácia junta-se ao jogo do empurra

Zagreb assumiu que não tem condições para receber migrantes depois da entrada de 14 mil pessoas em solo croata.
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As autoridades croatas começaram ontem a deslocar os refugiados que chegam ao país, para a fronteira com a Hungria. No jogo do empurra, entre os vários países daquela região, a Croácia encerrou oito estradas, que cruzam a fronteira com a Sérvia, depois de mais de 14 mil pessoas terem entrado em solo croata.

O chefe do governo de Zagreb, Zoran Milanovic assumiu que o país não tem condições para "manter os migrantes no país", considerando que isso "não é uma solução". As estradas fronteiriças "foram cortadas com arame farpado", anunciou o primeiro-ministro, provocando a imediata reação da Sérvia, que acusou Zagreb de violar as regras comunitárias.

A Comissão Europeia considera que "a maioria das pessoas"que se dirigem à Europa "são sírios", oriundos de um "território em conflito", logo com "direito ao estatuto de refugiado", rejeitando, por isso, a existência de barreiras à passagem destas pessoas.

Ontem, a Comissão Europeia voltou a condenar a construção de "muros", porque "não são soluções definitivas", afirmou a porta-voz de Jean-Claude Juncker, Natasha Bertaud. "Já vimos o que provocam [os muros]. O que acontece é que se alteram as rotas. Se os imigrantes não vierem por um sítio, vão vir por outro qualquer", prosseguiu.

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