Rede social russa acolheu concurso Miss Hitler

Um concurso Miss Hitler na maior rede social russa foi suspenso após queixas sobre o conteúdo. Russos e britânicos já organizaram concursos semelhantes.
Publicado a
Atualizado a

Concorrentes da Rússia, Ucrânia, Alemanha, Itália e Estados Unidos enviaram fotos com saudações nazis, a posar junto de suásticas ou com um exemplar de Mein Kampf para um concurso de Miss Hitler. A página acabou por ser removida da maior rede social da Rússia, Vkontakte, depois de terem sido feitas queixas sobre a competição.

Além das selfies com temas nazis, as aspirantes a Miss Hitler tinham de explicar por que razões "amam e reverenciam o Terceiro Reich de Adolf Hitler".

Segundo o Times, milhares de internautas viram a página, a qual elogiava "a beleza da cultura hitleriana", antes de ser retirada. Segundo o Moscow Times, uma estação de TV israelita contactou os responsáveis da Vkontakte, os quais acabaram por encerrar a página.

Uma mulher alemã identificada como Miss Skuld liderava o concurso antes de a página ter sido fechada. A sua página pessoal encontra-se oculta.

Segundo o Moscow Times, outras concorrentes tinham páginas de perfil pessoal publicamente visíveis no início desta semana.

Já não é a primeira vez que a maior rede social da Rússia recebeu este tipo de concurso, aberta apenas "a mulheres brancas de sangue puro". Em 2014, a página Adolf Hitler realizou o concurso Miss Ostland. Ostland corresponde ao nome da unidade administrativa que agrupou países ocupados pelo regime nazi - Lituânia, Estónia, Letónia, regiões da Polónia, Ucrânia, Bielorrússia e Rússia.

Merkel, ódio de estimação de miss escocesa

Em 2016, um grupo neonazi britânico fez um concurso semelhante. Uma mulher escocesa, que apareceu de cara tapada enquanto fazia a saudação nazi, foi a escolhida pela National Action. O grupo supremacista resolveu fazer a competição para "dar mais visibilidade às suas apoiantes".

Questionada sobre quem iria matar se pudesse, escolheu a chanceler Angela Merkel, ao pô-la num "campo [de refugiados] e deixar os seus refugiados de estimação fazer o resto".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt