Reclusa encontrada morta na cela em Tires estava presa por tráfico de droga
A reclusa que morreu no Estabelecimento Prisional de Tires foi encontrada inanimada pelas duas companheiras de cela pelas 08.00 desta quarta-feira, altura em que são abertas as portas das camaratas. De acordo com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a mulher, de nacionalidade estrangeira e que estava presa por tráfico de droga, foi assistida pelos serviços clínicos da prisão que ainda fizeram "manobras de reanimação, tendo igualmente, sido chamado o INEM que veio confirmar o óbito às 8.30 horas".
A notícia da morta da reclusa tinha sido confirmada durante a manhã desta quinta-feira pelo presidente do Sindicato Independente dos Guardas Prisionais, Júlio Rebelo, que afirmou ter sido uma "falha no acompanhamento da entrega da medicação", equacionando a hipótese de ter a mulher ter sofrido uma overdose. Tese que a DGRSP não comenta, frisando que "o corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal para autópsia, cujos resultados se aguarda, pelo que se desconhece, por ora, a causa da morte".
Na nota enviada ao DN, a direção-geral explica que "o percurso prisional da reclusa não permite, à partida, presumir, que esta tenha resultado de overdose" [por norma as pessoas que servem de correios de droga não consomem].
Quanto ao segundo caso de uma presa que, também na quarta-feira, foi transportada ao hospital supostamente também devido a uma overdose, a direção-geral adianta que não tem nenhuma relação com o sucedido na abertura das celas e que não sofreu uma overdose.
"Na tarde de dia 5 de dezembro, uma outra reclusa do Estabelecimento Prisional de Tires, que é doente cardíaca, durante uma avaliação de rotina, foi detetado que estava com a pressão arterial alta", começa por explicar a DGRSP. Perante esta avaliação foi decidido levá-la "por prevenção" "a observação em Hospital do Serviço Nacional de Saúde, após o que regressou ao estabelecimento prisional, encontrando-se bem".