Receio de ébola afasta atletas de Olímpiadas juvenis

Atletas de países atingidos pela infeção do ébola, na África Ocidental, estão a ser impedidos de competir em algumas modalidades dos Jogos Olímpicos da Juventude, que se iniciam na China no sábado, disse hoje a organização.
Publicado a
Atualizado a

"Atletas oriundos das zonas afetadas não vão competir em desportos de combate" e "também foi decidido que nenhum atleta daquela região irá competir na piscina", revelaram, em comunicado, o Comité Olímpico Internacional e os organizadores chineses do evento, no qual participam 21 portugueses.

A decisão, que afeta dois atletas de desportos de combate e um de piscina, foi tomada "com o objetivo de garantir a segurança de todos os participantes" nos Jogos que decorrem na cidade oriental chinesa de Nanjing, disse o comunicado.

Além disso, todas as pessoas das delegações da África Ocidental "serão sujeitas a regulares medições de temperatura e avaliações físicas" durante os Jogos.

"Fomos tranquilizados pelas autoridades de saúde, que garantiram que não foram apresentadas casos suspeitos e que o risco de infeção é altamente improvável", acrescenta.

Os Jogos Olímpicos da Juventude realizam-se em Nanjing, antiga capital da China, de 16 a 28 de agosto, e neles participam mais de 3.700 atletas, com idades entre os 15 e os 18 anos - alguns dos quais se espera poderem vir a alcançar um lugar nos Jogos Olímpicos de 2016, a serem organizados pelo Brasil.

O pior surto de sempre de ébola no mundo, que eclodiu na África Ocidental, matou até agora 1.069 pessoas e provocou o alarme internacional, levando várias grandes companhias aéreas a cortar voos para a região.

A Guiné-Conacri, no epicentro da epidemia, declarou "emergência de saúde pública" e impôs controlos de fronteiras rígidas, enquanto os Estados Unidos ordenaram aos familiares dos diplomatas que abandonem a vizinha Serra Leoa, também afetada.

A Libéria e a Nigéria também registraram casos.

A Organização Mundial de Saúde diz que o surto de ébola está a ser muito subestimado e que são necessárias medidas "extraordinárias" para conter a propagação do vírus.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt