Rebelião 'Tory' ameaça projeto de reforma dos Lordes
O vice primeiro ministro, Nick Clegg, inaugurou ontem uma sessão parlamentar de dois dias para enumerar os seus argumentos para transformar a Câmara dos Lordes. "Acreditamos na democracia, para ter melhores leis e porque não podemos fugir à reforma", disse o líder dos liberais-democratas ao jornal espanhol ABC.
Clegg comprometeu o seu capital político nas medidas introduzidas pelos liberais-democratas. Um ciclo histórico pretende fechar-se agora, mas tem a oposição de parte do grupo parlamentar conservador. 70 deputados apresentaram uma carta ao Governo onde afirmam que irão votar esta noite contra a moção que define os procedimentos, a qual pretende limitar o debate a dez dias.
A oposição trabalhista, ainda que apoie oficialmente a reforma dos Lordes, mantém uma ambiguidade calculada e também votará hoje contra. A rebelião comporta os deputados que vão desrespeitar a imposição de voto do partido.
A opinião pública também não parece muito motivada com os planos de se mudar de uma Câmara de 826 membros a uma espécie de Senado de 450 membros, eleitos a partir de 2015 em circunstâncias regionais.