Rangel defende aumento "significativo" do salário mínimo
Paulo Rangel defende, em entrevista ao Expresso, que deve haver um aumento "significativo do salário mínimo", mas também uma aposta no crescimento económico que permita fazer subir os salários médios. "A nossa economia não pode assentar em baixos salários", frisa. Diz que a dívida pública impede um choque fiscal, mas admite uma descida de impostos, sobretudo do IRC e abre portas ao IRS Jovem, que o governo de António Costa propôs.
Das propostas que tem para o país, caso ganhe a liderança do PSD no dia 27 de novembro e depois as eleições legislativas de 30 de janeiro, o candidato à liderança social-democrata lembra que há um acordo internacional para que o IRC fique em termos globais num patamar mínimo de 15%. "Podemos ser bastante competitivos para atrairmos investimento", diz.
Sobre o dossier da TAP, que considera dos mais "difíceis", afirma que "não há dúvida que haverá sempre lugar para uma companhia aérea portuguesa, se é esta ou uma nova não sei".
Em resposta à acusação de Rui Rio de que não está preparado para ser primeiro-ministro, Paulo Rangel devolve a falta de preparação ao apositor: "O que acho é que não se pode fazer em 15 dias o que não se fez em quatro anos, e é isso que Rui Rio está a tentar fazer. Mostrar que se tem uma oposição credível, com alternativas e capaz de fazer oposição ao PS não pode ser um exercício de 15 dias."
Citaçãocitacao"O que acho é que não se pode fazer em 15 dias o que não se fez em quatro anos, e é isso que Rui Rio está a tentar fazer. Mostrar que se tem uma oposição credível, com alternativas e capaz de fazer oposição ao PS não pode ser um exercício de 15 dias."
Acusa ainda Rio de ter sido e de querer ser uma "muleta" para o PS e garante que trará novos rostos para a política e que possam responder aos problemas da atualidade. "Os problemas com os quais nos deparamos hoje são os problemas do ambiente, das alterações climáticas, com uma urgência que nunca se puseram. Com a transição ecológica e digital eu apresento-me como o candidato da transição geracional", afirma na entrevista.
Paulo Rangel considera que "António Costa está esgotado, tal como a sua fórmula de um PS virado para a esquerda. "Acho que António Costa já desistiu e só vai a jogo para salvar a honra do convento. Por isso há aqui uma oportunidade", sublinha e diz que uma vitória do PSD nas legislativas depende de uma mensagem de esperança, ambição e aspiração".