Segundo a publicação norte-americana, os bocados de queijo chinês encontrados nos pescoços e peitos de múmias chinesas, que remontam ao ano de 1615 AC, são "de longe, os mais antigos já descobertos"..Os investigadores referiram que a conservação do queijo e das múmias se deve, em parte, às condições climatéricas extraordinárias (ar seco do deserto e solo salgado) existentes no Cemitério Small River, no noroeste da China.."Nós não só identificámos o produto como o queijo mais antigo alguma vez conhecido, mas também temos evidência direta de tecnologia antiga" usada para o conservar, disse o químico analítico no Instituto de Biologia Celular, Molecular e Genética Max Planck da Alemanha, Andrej Shevchenko, que pesquisou as múmias..Ao analisar as proteínas e gorduras, a equipa liderada por Andrej Shevchenko determinou que se tratava definitivamente de queijo e não de manteiga ou leite, mas não conseguiu apurar por que motivo as pessoas na altura eram enterradas com pedaços de queijo nos seus corpos..A análise química dos produtos agora descobertos também mostrou que os queijos encontrados nas múmias eram feitos à mesma base de produção de quefir, bebida gasosa dos montanheses do Cáucaso, obtida a partir do leite por fermentação..Segundo Andrej Shevchenko, atualmente o queijo não é feito à base de quefir, mas à base do coalho, uma substância das entranhas de bezerro, cordeiro ou cabrito, que coalha o leite. .O queijo foi supostamente inventado acidentalmente ao revestir com leite um recipiente feito do estômago de um animal, resultando na transformação do leite em coalhada e soro por ação da quimosina, uma enzima do estômago.