Quatro países coordenam combate ao terrorismo

A Mauritânia, o Mali, o Níger e a Argélia, quatro países afetados pelas atividades da Al-Qaida do Magrebe Árabe (AQMI), aprovaram na terça-feira em Nuakchott um orçamento para a criação de uma estrutura comum de segurança, militar e serviços secretos.
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Um despacho da agência AFP, que cita o ministro dos Negócios Estrangeiros da Mauritânia, Hamadi Ould Hamadi, adianta que os participantes na reunião analisaram o percurso dos quatro países desde 2010, tendo sido feito o diagnóstico dos perigos para a segurança e dos meios para os neutralizar.

"Adotámos um plano de ações para o futuro e também um orçamento de Unidade de Fusão e Ligação (UFL), um órgão operacional para as questões de segurança, militares e de informações. Para o orçamento, os quatro partidos participam com o mesmo montante", referiu o ministro, sem quantificar.

A UFL agrupa os chefes dos serviços secretos dos quatro países, que em 2010 se dotaram de um Comité de Estado-Maior Operacional e conjunto (CEMOC), com sede em Tamanrasset no extremo sul da Argélia.

Estas estruturas visam uma melhor coordenação das operações das forças armadas na luta antiterrorista e desenvolver operações conjuntas em cada um dos países abrangidos.

De acordo com o comunicado conjunto divulgado no final da reunião, os quatro países decidiram ainda constituir uma "comissão política de acompanhamento" dos programas e planos de ação, que terá por missão "trocar análises e preparar o terreno para a resolução de todas as questões de segurança".

No documento, os ministros recomendaram a intensificação de esforços para destruir a logística e infraestruturas dos terroristas, "visando desalojá-los dos seus santuários".

O chefe da diplomacia mauritana disse ainda, no final da reunião, que o seu país não negociará com a AQMI para obter a libertação de um agente das forças de segurança raptado em dezembro mo sudeste da Mauritânia.

"Não vamos negociar com os terroristas. Nunca o fizemos e entendemos que não o devemos fazer", afirmou Ould Hamadi, ao ser questionado sobre a proposta feita recentemente pela AQMI de trocar o polícia por dois elementos do grupo detidos na Mauritânia.

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