Putin diz que única solução para crise síria é ajudar Bashar al-Assad

"Não há outra solução para a crise síria que não seja fortalecer as estruturas de um Governo efetivo e ajudá-lo na luta contra o terrorismo", salientou o líder russo.
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O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse acreditar que a única "solução para a crise síria" passa por fortalecer o Governo do Presidente Bashar al-Assad, segundo uma entrevista a ser hoje divulgada pela cadeia televisiva norte-americana CBS. "Não há outra solução para a crise síria que não seja fortalecer as estruturas de um Governo efetivo e ajudá-lo na luta contra o terrorismo", afirmou Vladimir Putin.

O responsável político russo defendeu também que o regime deve desenvolver "um diálogo positivo com a oposição racional e efetuar reformas", revelam os extratos da entrevista divulgados pela CBS. O Presidente da Rússia, que deverá discursar perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, na segunda-feira, ordenou a instalação de aviões de guerra e diverso material bélico na Síria.

Segundo os EUA, a Rússia terá enviado até 28 caças para uma base aérea de Latakia e tem em funcionamento drones que já estão a efetuar operações de vigilância. Embora não tenha revelado detalhes acerca desta operação, o chefe do Kremlin declarou-se defensor de uma "ação coletiva" contra grupos terroristas como o Estado Islâmico, que ocupa parte da Síria.

O Presidente russo salientou que o seu país está disposto a colaborar num projeto coordenado com outros países, incluindo os EUA, que lidera uma coligação internacional para combater o movimento Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Vladimir Putin reafirmou a sua recusa de "qualquer ação" destinada a "destruir o Governo legítimo" da Síria, pois isso "vai criar uma situação que pode ver-se agora em outros países da região e de outras regiões, como a Líbia, onde todas as instituições estatais estão desintegradas".

O Presidente da Rússia reúne-se na segunda-feira com o Presidente dos EUA, Barack Obama, e espera-se que dois dos temas do encontro sejam a crise síria e o conflito na Ucrânia.

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