PSD diz que está fora de questão acabar com taxa intermédia de IVA

O economista António Nogueira Leite afirmou hoje, em nome do PSD, que está "totalmente fora de questão" os sociais-democratas, se formarem Governo, acabarem com a taxa intermédia do IVA.
Publicado a
Atualizado a

Em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Nogueira Leite disse que esse foi um dos cenários estudado pelos sociais-democratas durante a elaboração do seu programa eleitoral, mas foi excluído por "decisão política da Comissão Permanente e do seu presidente", Pedro Passos Coelho.

Segundo Nogueira Leite, o coordenador do programa eleitoral do PSD, Eduardo Catroga, deu a sua opinião pessoal, sem comprometer o partido, ao defender em entrevistas ao "Jornal de Negócios" e ao "Diário Económico" que se deve "caminhar para apenas duas taxas" do IVA, "com respeito pelo cabaz alimentar básico".

"É muito simples: Eu tenho a minha opinião, o doutor Catroga tem a sua opinião, o engenheiro Carlos Moedas tem a sua opinião, até o doutor Miguel Beleza tem a sua opinião. O Vítor Bento veio também expressar a sua opinião, embora não seja membro do partido. Mas o PSD tem um líder e uma liderança, e a posição do PSD é a posição do líder do PSD", disse.

Está "absolutamente fora de questão" o PSD vir a acabar com a taxa intermédia do IVA, reforçou o membro do Conselho Nacional do PSD e conselheiro económico de Pedro Passos Coelho.

De acordo com Nogueira Leite, a intenção do PSD é "tentar negociar em sede da União europeia a aplicação preferencial ao sector exportador" da redução da Taxa Social Única (TSU) "até 4 pontos" e há "mais do que margem" para isso.

No programa de ajuda externa a Portugal acordado pelo Governo "os ganhos de poupança e de custos e de aumentos de outros impostos que não este, aumentos de taxa, aumentos de bases de incidência, correspondem a um valor que é cerca de 300 milhões de euros superior àquilo que é o montante máximo da receita perdida pela redução que nós propomos da TSU", referiu o economista.

"Portanto, se o Governo quiser cumprir, por uma vez, aquilo que desta vez se comprometeu com as instituições internacionais, há mais do que margem para algo que é uma visão maximalista da posição do PSD", acrescentou.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt