PSD dá como clarificadas questões polémicas há 10 anos

O relatório preliminar da comissão de inquérito a compras militares por Portugal, escrito pela deputada Mónica Ferro (PSD), dá como esclarecidas "questões que há uma década são tema de polémica" nesse domínio.
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Com a oposição a sustentar que ainda há dúvidas por esclarecer ao fim de 10 anos, nomeadamente o destino dos 30 milhões de euros pagos pela empresa alemã Ferrostaal à ESCOM (Grupo Espírito Santo), o texto perliminar adianta: "As questões que ficaram por esclarecer prendem-se, maioritariamente, com o facto de esta comissão ser de inquérito e não um órgão de investigação judicial".

O documento, a que o DN teve acesso, foi entregue esta sexta-feira pela deputada-relatora com cerca de oito horas de atraso face ao prazo previsto (ontem), devido a problemas informáticos na formatação do texto.

Mónica Ferro, nas conclusões do relatório com mais de 400 páginas, assinala que os chefes militares foram unânimes em defender "a indispensabilidade das aquisições" dos helicópteros EH101, aeronaves F-16, P-3 Orion e C-295, viaturas blindadas Pandur, submarinos e torpedos - e "reconheceram satisfação com a qualidade operacional" desses equipamentos.

O relatório enfatiza depois que tanto António Guterres (PS) como Durão Barroso (PSD), enquanto ex-primeiros-ministros, "confirmaram inequivocamente serem favoráveis à aquisição de submarinos" para a Marinha.

"Importa reter este facto, tendo em atenção o grau de polémica, frequentemente demagógica, sobre a capacidade submarina", diz o relatório preliminar, a que os partidos com assento parlamentar poderão propor alterações até terça-feira.

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