PSD ainda não decidiu se insiste em Pinto de Sousa

O PSD vai "ponderar" sobre o chumbo do candidato ao Conselho de Fiscalização dos serviços de informação, não tendo decidido se volta a apresentar Paulo Óscar Pinto de Sousa, disse hoje à Lusa a deputada social-democrata Teresa Leal Coelho.
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"Vamos ponderar sobre este resultado, do qual tomámos conhecimento ao princípio desta tarde. Depois dessa ponderação vamos decidir qual é o próximo passo, necessariamente que teremos que apresentar um candidato, agora se será o mesmo, se será um outro é matéria que não foi ainda ponderada", afirmou Teresa Leal Coelho.

O Parlamento chumbou hoje, em votação secreta, a candidatura do procurador Paulo Óscar Pinto de Sousa para o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), proposta pelo PSD.

A candidatura de Paulo Óscar Pinto de Sousa precisava de uma maioria de dois terços dos 230 deputados para ser aprovada e obteve apenas 97 votos favoráveis, contra 90 votos em branco e 26 nulos.

Os votos favoráveis não chegam ao número total de deputados sociais-democratas (108), ficando ainda mais longe do número total de parlamentares da maioria PSD/CDS-PP (132).

O PSD decidiu manter o nome de Paulo Óscar Pinto de Sousa para o conselho de fiscalização das secretas apesar das "dúvidas" expressas pelo PS após a audição prévia do magistrado nas comissões de Assuntos Constitucionais e Defesa.

Na audição, foi visível a surpresa generalizada dos deputados perante algumas respostas do procurador às questões colocadas, nomeadamente quando Paulo Óscar Pinto de Sousa disse não ter pensamento acerca da relação entre os serviços secretos e as empresas consideradas estratégicas para o Estado.

Teresa Leal Coelho disse na quinta-feira aos jornalistas que o PSD ia levar a candidatura de Paulo Óscar Pinto de Sousa a votos, entendendo que o procurador dava "garantias de rigor e independência" e de "audácia" para o exercício daquelas funções.

O CDS não impôs disciplina de voto, mas entendeu "como boa" a indicação do PSD, disse aos jornalistas na quinta-feira o líder da bancada democrata-cristã Nuno Magalhães.

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