O PSD admite novas medidas que favoreçam a transparência do crowdfunding. Garantir a identificação de quem contribui monetariamente para ações de financiamento coletivo é uma das hipóteses em cima da mesa. "Não só isso, mas o caminho é também por aí", defende Fernando Negrão, presidente da bancada parlamentar social-democrata. A polémica está instalada em torno desta questão devido à designada greve cirúrgica dos enfermeiros, que têm financiado a paralisação com uma recolha de fundos através de uma plataforma eletrónica..Negrão faz questão de sublinhar que não acompanha qualquer tipo de proibição quanto à recolha de donativos, defendendo que o crowdfunding já mostrou efeitos positivos e uma particular adesão entre as gerações mais jovens. "Entendemos que é uma matéria na qual não se deve atuar ao nível da proibição, mas sim da regulamentação e da transparência", diz ao DN o líder dos deputados sociais-democratas. E este princípio é válido ainda que o crowdfunding se destine a financiar uma greve, como está a suceder atualmente com a paralisação dos enfermeiros - "Isto é um fenómeno em emergência que não deve ser proibido. Acompanhamos com atenção, mas não ao nível da proibição"..Nesta quinta-feira, o PS anunciou que vai dialogar com as restantes forças políticas no sentido de avançar com um projeto que torne as contribuições monetárias no crowdfunding mais transparentes, proibindo os donativos anónimos..Em causa está, precisamente, a designada greve cirúrgica dos enfermeiros. João Paulo Correia, vice-presidente do grupo parlamentar do PS, afirmou que "estão a ser estudadas as vias legislativas que confiram total transparência no que respeita ao financiamento desta greve dos enfermeiros". Mas a iniciativa legislativa "não pode ficar só à mercê da vontade do PS": "Temos de ter um diálogo com outros grupos parlamentares, quer à esquerda quer à direita. Devemos encontrar um mecanismo que permita maior transparência.".O dirigente socialista defendeu que é "essencial" que sejam conhecidos "os interesses que existem" no financiamento desta paralisação. "Todos os portugueses querem saber se algo ou alguém quer atingir o Serviço Nacional de Saúde. A grande questão é quem está e como está a pagar esta greve cirúrgica", justificou João Paulo Correia..Quanto aos restantes partidos, o CDS diz ter "muitas reservas" quanto a medidas deste género. "É um assunto a estudar e a aprofundar, mas parece-me um pouco feito à medida", defende a deputada Isabel Galriça Neto, questionando que as pessoas tenham de ser identificadas quando querem fazer um gesto altruísta como uma doação..Já o Bloco de Esquerda escusou-se a comentários sobre esta matéria e diz apenas que vai aguardar para conhecer a proposta do PS. O PCP não respondeu às questões do DN, mas num comunicado emitido nesta quinta-feira, ao final da tarde, defendeu que "alguns enfermeiros estão a ser usados e pagos, com centenas de milhares de euros, cuja origem pode estar em grupos privados da saúde, beneficiários diretos da transferência das operações cirúrgicas".
O PSD admite novas medidas que favoreçam a transparência do crowdfunding. Garantir a identificação de quem contribui monetariamente para ações de financiamento coletivo é uma das hipóteses em cima da mesa. "Não só isso, mas o caminho é também por aí", defende Fernando Negrão, presidente da bancada parlamentar social-democrata. A polémica está instalada em torno desta questão devido à designada greve cirúrgica dos enfermeiros, que têm financiado a paralisação com uma recolha de fundos através de uma plataforma eletrónica..Negrão faz questão de sublinhar que não acompanha qualquer tipo de proibição quanto à recolha de donativos, defendendo que o crowdfunding já mostrou efeitos positivos e uma particular adesão entre as gerações mais jovens. "Entendemos que é uma matéria na qual não se deve atuar ao nível da proibição, mas sim da regulamentação e da transparência", diz ao DN o líder dos deputados sociais-democratas. E este princípio é válido ainda que o crowdfunding se destine a financiar uma greve, como está a suceder atualmente com a paralisação dos enfermeiros - "Isto é um fenómeno em emergência que não deve ser proibido. Acompanhamos com atenção, mas não ao nível da proibição"..Nesta quinta-feira, o PS anunciou que vai dialogar com as restantes forças políticas no sentido de avançar com um projeto que torne as contribuições monetárias no crowdfunding mais transparentes, proibindo os donativos anónimos..Em causa está, precisamente, a designada greve cirúrgica dos enfermeiros. João Paulo Correia, vice-presidente do grupo parlamentar do PS, afirmou que "estão a ser estudadas as vias legislativas que confiram total transparência no que respeita ao financiamento desta greve dos enfermeiros". Mas a iniciativa legislativa "não pode ficar só à mercê da vontade do PS": "Temos de ter um diálogo com outros grupos parlamentares, quer à esquerda quer à direita. Devemos encontrar um mecanismo que permita maior transparência.".O dirigente socialista defendeu que é "essencial" que sejam conhecidos "os interesses que existem" no financiamento desta paralisação. "Todos os portugueses querem saber se algo ou alguém quer atingir o Serviço Nacional de Saúde. A grande questão é quem está e como está a pagar esta greve cirúrgica", justificou João Paulo Correia..Quanto aos restantes partidos, o CDS diz ter "muitas reservas" quanto a medidas deste género. "É um assunto a estudar e a aprofundar, mas parece-me um pouco feito à medida", defende a deputada Isabel Galriça Neto, questionando que as pessoas tenham de ser identificadas quando querem fazer um gesto altruísta como uma doação..Já o Bloco de Esquerda escusou-se a comentários sobre esta matéria e diz apenas que vai aguardar para conhecer a proposta do PS. O PCP não respondeu às questões do DN, mas num comunicado emitido nesta quinta-feira, ao final da tarde, defendeu que "alguns enfermeiros estão a ser usados e pagos, com centenas de milhares de euros, cuja origem pode estar em grupos privados da saúde, beneficiários diretos da transferência das operações cirúrgicas".