PS recusa romper com metas da 'troika'

Carlos Zorrinho compreende as palavras de Mário Soares sobre a necessidade de evitar "espiral recessiva". Mas afasta a possibilidade de rasgar acordo assinado por Sócrates
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O PS recusa romper com a 'troika', como sugeriu o fundador socialista Mário Soares, hoje em entrevista ao jornal "i". Comentando as palavras de Soares, o líder parlamentar do PS sublinhou na Assembleia da República que "o PS cumpre sempre com os seus compromissos". E Carlos Zorrinho insistiu: "Cumpriremos as metas a que estamos associados."

O líder da bancada rosa encontra pontes com as palavras de Mário Soares ao notar que é "possível cumprir" os objetivos inscritos no memorando assinado com a 'troika' associando-os a uma "estratégia de crescimento e emprego e evitando a espiral recessiva", que os socialistas apontam à "austeridade" da política do Governo.

Mário Soares, na referida entrevista, diz que não há razões para o PS permanecer fiel ao acordo assinado em 2011 pelo Governo de José Sócrates, porque "tudo evoluiu: o acordo da 'troika', a 'troika' e o país".

Já a vontade do PSD em apresentar amanhã um projeto de resolução merece o reparo dos socialistas ("é uma hipocrisia", apontou Zorrinho), por a maioria ter chumbado há semanas no Parlamento um projeto do PS para o Governo de Passos Coelho promover junto da União Europeia um ato adicional ao tratado orçamental.

Mas para o vice-presidente da bancada social-democrata António Rodrigues "nada mudou" desde esse chumbo. "O protocolo adicional não era o caminho ideal", insistiu o deputado do PSD, que sublinhou o esforço do partido "para chamar o PS ao consenso europeu".

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