O PS tem sete ações no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa contra a Autoridade Tributária (AT) por recusa de reembolso do IVA gasto em várias campanhas eleitorais, avança hoje a TSF. Em causa, segundo afirmou à rádio Luís Patrão, secretário nacional para a administração e responsável pelas contas do partido, estão "alguns milhões de euros". Mais nenhum partido defende que a lei prevê a devolução do IVA gastos nas campanhas, pelo que o PS está sozinho nesta questão. .De acordo com a notícia avançada pela TSF, apenas dois dos processos que correm em tribunal valem perto de 900 mil euros. Mas o bolo total envolvido nesta questão será bem maior, uma vez que há mais casos a correr em tribunal e outros que ainda aguardam resposta da Autoridade Tributária e que poderão ter o mesmo destino..Com uma dívida acumulada de 21,7 milhões de euros, o PS espera celeridade..O partido é o único que entende que a lei prevê a devolução do IVA gasto nas campanhas eleitorais. O Bloco de Esquerda também já fez essa interpretação, mas deixou de a fazer quando, em 2013, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (do Tribunal Constitucional) concluiu que os partidos podiam lucrar ao receberem IVA sobre despesas de campanha que já eram pagas por subvenção pública..O PSD, que tem uma ação no tribunal fiscal por não devolução do IVA, no valor de 88 mil euros, sublinha à TSF, através de José de Matos, secretário-geral do partido, que não pede a devolução do IVA pago em campanhas, mas apenas na atividade corrente anual..A CDU diz à TSF que "não faz pedidos de restituição de IVA" e defende a revogação da Lei de Financiamento dos Partidos Políticos e Campanhas Eleitorais, que, considera, tem uma "dimensão arbitrária"..PS e Bloco de Esquerda defendem a clarificação da lei, a mesma posição de Luís de Sousa, presidente da associação Transparência e Integridade, que em Portugal representa a ONG Transparência Internacional.