PS e PSD elogiam discurso de Marcelo

Sociais-democratas subscrevem "integralmente" as palavras do Presidente da República. PS destaca que o "interesse geral" passa pela aprovação do Orçamento do Estado para 2021.
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PS e PSD reagiram com elogios ao discurso do Presidente da República que esta manhã, falando na cerimónia evocativa do 5 de Outubro, pediu "convergência no essencial" face à crise sanitária e económica que o país enfrenta.

Pelo PSD, André Coelho Lima, vice-presidente do partido, sublinhou que os sociais-democratas concordam "integralmente" com as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, no que qualificou como um discurso "muito institucional e muito adequado ao momento que vivemos".

"É muito importante que todos percebamos que a questão sanitária durará, esperamos nós, o menor tempo possível. Mas a questão económica que se sobreporá durará muito mais. É muito importante que exista consensualização, sentido de responsabilidade e sobretudo um poder de fiscalização enormíssimo", referiu André Coelho Lima, apontando um "apelo claro à negociação orçamental que está a decorrer" e a que o Governo consiga "resistir" a medidas que ponham em causa a economia das empresas.

Também o PS viu nas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa um apelo à aprovação do Orçamento do Estado para 2021. "Uma mensagem que consideramos relevante é dirigida aos detentores momentâneos da soberania popular, o dever que têm de convergir na defesa do interesse geral", considerou José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do partido, em declarações à agência Lusa. Esse interesse geral, defendeu, passa "pela aprovação do Orçamento do Estado, pela convergência política e partidária em torno do plano de recuperação económico e social, e pela cooperação entre todos cidadãos e instituições" para que o país possa vencer a pandemia e recuperar, económica e socialmente.

Para os socialistas, a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa foi de "grande responsabilidade e confiança no futuro" ao destacar os sete meses de cooperação entre os portugueses e as instituições e ao falar da importância de todos terem "sentido de responsabilidade nas atitudes individuais e coletivas".

Pelo BE, o líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, defendeu que "algumas das respostas que o Bloco de Esquerda tem dado nas últimas semanas", nomeadamente no âmbito das negociações do Orçamento de Estado, vão ao encontro das preocupações hoje elencadas pelo Presidente da República. "Todos percebemos que esta crise não pode deixar o país com os mesmos problemas estruturais que já tinha, não pode deixar o país com a fragilidade das relações de trabalho, que já era um problema que tinha de ser corrigido, que o reforço dos serviços públicos é a garantia que ninguém fica sem cuidados de saúde", sublinhou Pedro Filipe Soares.

"Este discurso, da nossa parte, tem uma materialização concreta que é este processo negocial com o Orçamento de Estado em que temos apresentado estas prioridades, que são aquelas que respondem, no essencial, às urgências que as pessoas sentem na crise económica e social", defendeu o líder parlamentar bloquista.

Já o CDS, pela voz do presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, veio "saudar as importantes e oportunas palavras do senhor Presidente da República, em particular quando sublinhou a necessidade de acautelar valores éticos na aplicação de fundos europeus, impedindo a corrupção, clientelismos e compadrios".

"Na opinião do Presidente da República e do CDS-PP, os milhões da Europa não podem ir parar às mãos dos privilegiados, de empresas amigas do Governo, mas sim aos que mais precisam", sublinhou o líder centrista, defendendo que "não se podem dar sinais de que se está a legalizar a corrupção" sob o "pretexto de se estar a flexibilizar processos", numa alusão à proposta de lei do Governo, em discussão no Parlamento, sobre as novas regras de contratação pública.

Com Lusa

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