PS critica Governo na prevenção de fogos e chama ministra

<div>O PS anunciou hoje que vai chamar ao parlamento a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, considerando que o Governo está a investir pouco na prevenção dos incêndios florestais e a gerar instabilidade em todo o sistema.</div> <div> </div>
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sentará na próxima semana um projeto de resolução em matéria de prevenção e combate a incêndios florestais. Segundo dados do PS, o Governo prepara-se para gastar este ano 78 milhões de euros no combate aos fogos florestais e, em contrapartida, "continua a gastar muito pouco em matéria de prevenção, cerca de 18 milhões de euros". "Estamos perante uma inversão clara de prioridades. Em dois anos, este Governo aumentou 15 por cento a verba destinada ao combate e diminuiu em idêntica proporção o investimento em prevenção estrutural", criticou Miguel Freitas. Para o PS, ao seguir esta política, o Governo não permite que haja qualquer mudança profunda na proteção da floresta, porque "só apostando na prevenção é possível ter num horizonte de médio prazo uma redução dos custos com fogos florestais". "O país gasta cerca de 100 milhões de euros em prevenção e combate, e o PS considera possível reduzir esse valor se a aposta for bem feita, ou seja, se for feita ao nível da prevenção", reforçou o deputado socialista eleito pelo círculo de Faro. Na declaração que fez aos jornalistas, na Assembleia da República, Miguel Freitas acusou também o Governo de gerar instabilidade no sistema, alegando que neste momento ainda estão por contratar 70 equipas de sapadores florestais, cerca 350 homens "que estão no terreno mas desconhecem o seu futuro". "O Governo criou também instabilidade no corpo do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), já que três dezenas de técnicos, com a missão de fazerem o acompanhamento e planeamento dos planos municipais de defesa da floresta, estiveram parados um mês por falta de contratação", apontou o deputado socialista. Ainda de acordo com Miguel Freitas, o atual Governo não tem feito qualquer trabalho efetivo na gestão florestal - "o instrumento que o próprio executivo PSD/CDS tinha considerado essencial". "O Governo, com o apoio do PS, aprovou no ano passado o banco de terras, mas até agora não foi capaz de o regulamentar e de o colocar ao serviço dos produtores florestais", acrescentou.

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