PS acusa Mota Soares de criar 'jobs for the boys'

<div id="DDOrderVForm:Src" class="LabelBOClass Src_CtClass ">O deputado socialista Rui Santos acusou hoje o ministro Pedro Mota Soares de escolher membros do PSD e do CDS-PP para os quadros dirigentes do Instituto da Segurança Social tendo o ministro respondido com a extinção de cargos dirigentes. </div>
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A polémica surgiu durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2012, onde o deputado socialista Rui Santos acusou o secretário de Estado Marco António Costa de ter dois gabinetes, um em Lisboa e outro no Porto, e do Ministério estar a colocar nos quadros dirigentes do Instituto da Segurança Social pessoas ligadas ao PSD e ao CDS-PP. "O conselho diretivo do Instituto da Segurança Social passou de quatro a cinco dirigentes e o presidente deste instituto é vice-presidente do PP [Partido Popular]. Quatro vogais eram assessores políticos do PSD e do PP", denunciou o deputado socialista. Acrescentou que "o novo director do centro distrital do Porto é militante do PP e vereador na Câmara Municipal do Porto. O seu adjunto era vereador na Câmara Municipal de Gaia do PSD. O novo diretor de Viseu é tesoureiro da distrital do PSD, o diretor de Coimbra foi candidato à Câmara Municipal de Condeixa pelo PSD e o de Bragança é deputado municipal do PSD". Na opinião de Rui Santos, trata-se de "satisfazer as clientelas políticas do PSD e do PP", criticando que "até os chefes de equipa e os chefes de setor, diretores de núcleo e de unidade não estão a salvo da partidarite e dos negócios de mercearia entre PSD e PP". Em resposta, o ministro Pedro Mota Soares disse que o deputado socialista estava "mal informado" e que o gabinete em causa é uma sala pedida ao centro distrital da Segurança Social do Porto para que tanto o ministro como o secretário de Estado "possam receber quando vão ao Porto". Já no que diz respeito aos quadros dirigentes, Pedro Mota Soares apontou que a forma de "combater os 'jobs for the boys', é terminar com os "'jobs'". "O Governo na área da segurança social, para os vários institutos que tinha, nas leis orgânicas que apresentou do PREMAC [Plano de Redução e Melhoria da Administração Central] vai extinguir 356 dirigentes", contrapôs Pedro Mota Soares. De acordo com o governante, "isto significa menos seis milhões de euros diretamente com estes cargos, que representa em despesas de administração menos 14 por cento". Concretamente em relação aos casos dados pelo deputado do PS, Mota Soares referiu que foi indicada uma pessoa para o centro distrital de Coimbra porque o anterior diretor tinha sido eleito para a Assembleia da República pelas listas do Partido Socialista. "O director adjunto, que também era ligado ao PS, vai deixar de ter funções. É um cargo que vai ser extinto. Entendemos que era possível extinguir 18 dirigentes de segurança social de âmbito distrital", defendeu Mota Soares. Acrescentou que os "diretores de unidade também vão ser extintos, reduzindo a despesa". "Se o senhor deputado queria lã, acabou tosquiado", rematou o ministro.

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