Projeções: PS com maioria absoluta e outras ideias essenciais

As sondagens feitas à boca das urnas revelam crescimento dos socialistas face a 2019, podendo até ter maioria absoluta. Bloquistas e comunistas fortemente penalizados. Chega e IL disputam taco a taco o 3º lugar.
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Surpresa na noite eleitoral. O PS não só vence claramente as legislativas, crescendo face a 2019 (36,34% e 108 deputados eleitos) como pode estar à beira da maioria absoluta. É o que indicam as projeções à boca das urnas emitidas pela RTP, SIC e TVI.

Já quanto ao PSD, é a desilusão. Nas legislativas de 2019, o partido obteve 27,76% (79 deputados). Agora sobe, mas pouco. O melhor que pode ambicionar é 35% (com 94 deputados), segundo a projeção da RTP.

As projeções revelam também várias outras conclusões:

- Uma assinalável penalização tanto do BE como da CDU, sobretudo dos bloquistas. Os bloquistas (atualmente com 19 deputados) poderão, na melhor das hipóteses, não passar dos dez. E o partido passará de 3ª maior força para 5ª maior força, posição que está a disputar renhidamente com a CDU.

- Chega e Iniciativa Liberal disputam taco a taco o 3º lugar e pode mesmo acontecer que, em número de deputados, os liberais de Cotrim Figueiredo fiquem à frente do Chega de André Ventura (o que para este seria uma derrota já que este foi um objetivo claramente afirmado pelo partido desde o início da campanha). A direita cresce no Parlamento mas não por via do PSD, antes por via de dois partidos mais extremados.

- O CDS-PP e PAN pertencem ao grupo dos derrotados da noite. Mantendo embora presença no Parlamento, tanto um partido como o outro perdem representação. O PAN, porém, podendo ter apenas de 1 a 3 deputados, talvez venha a ter uma força de charneira, caso o PS de António Costa fique à beira da maioria absoluta.

- O Livre pode ser um dos partidos vitoriosos da noite. Todas as projeções apontam para a eleição de Rui Tavares mas o partido pode mesmo ter dois eleitos.

- O PS pode não ter maioria absoluta mas a esquerda, no seu todo, terá maioria absoluta. É mesmo possível a tal eco-geringonça PS+PAN+Livre, dispensando os socialistas tanto a CDU como o BE, partidos agora notoriamente penalizados por terem chumbado o OE2022.

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