Programa de voluntariado precisa de 60 jovens para ajudar em Lisboa e Aveiro
A U.Dream é um projeto de voluntariado de universitários criado em 2013, que conta com mais de 600 estudantes do Porto, Braga, Aveiro e Lisboa, e que tem o objetivo de aproximar os estudantes aos problemas das suas comunidades, responsabilizá-los pelo que acontece de errado ao seu lado e ajudá-los a compreender as suas paixões, competências e quais as suas missões sociais.
"Neste momento as coisas no Porto e em Braga estão mais tranquilas. Fechámos o processo de recrutamento e estamos a selecionar os jovens. Em Lisboa e em Aveiro continuamos com uma urgência muito grande. Estamos à procura de 30 voluntários [para cada uma das duas cidades], que depois de um processo são selecionados para trabalhar com a U.Dream", declarou Diogo Mendes, um dos fundadores da programa.
Em entrevista telefónica à Lusa, Diogo Mendes explica que para este semestre específico, e também devido ao período de pandemia que se está a viver, as necessidades que as comunidades estão a ter centram-se no combate à pobreza extrema, apoio a estudantes com dificuldades económicas e sociais e apoio a imigrantes e idosos em lares.
"Para este semestre, nós estamos a trabalhar junto de jovens que precisam de apoio escolar, com dificuldades socioeconómicas identificadas, estamos a trabalhar com a pobreza extrema, sem-abrigo, e também estamos a dar apoio a imigrantes na capacidade deles se conectarem", disse. A premissa da iniciativa é: "se cuidarmos todos uns aos outros as coisas ficam mais fáceis", defende ainda o dirigente.
"Também compete aos jovens mostrar nesta altura [de pandemia] a coragem e a generosidade necessária para servir as comunidades e, portanto, aquilo que procuramos são jovens do ensino superior que queiram servir em segurança, a partir de suas casas, um conjunto de organizações que estão a trabalhar em várias cidades, mais em concreto agora em Aveiro e Lisboa, e que precisam urgentemente dessas necessidades", e a U.Dream vai ajudar os jovens voluntários a "compreender melhor as suas paixões e competências e a colocá-las ao serviço da comunidade".
Diogo Mendes considerou que a pandemia veio "infelizmente" adormecer o voluntariado: "Portugal já tem as piores taxas de voluntariado europeias. Somos o país com a terceira taxa pior de voluntariado" e depois esta situação [da pandemia de covid-19] acentuou o medo das pessoas se relacionarem com outras, e há também uma grande desinformação. As pessoas acham que a única forma de servir é estar no terreno. Mas isso não é verdade. Há muitas formas de ajudar, de servir", referiu.