Procurador pede 25 anos de prisão para ex-vice-presidente da Catalunha

Ministério Público acusa Oriol Junqueras e outros três dirigentes catalães de serem os responsáveis máximos da rebelião gerada pelo referendo ilegal de 1 de outubro de 2017 na Catalunha
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O procurador do Supremo Tribunal espanhol pediu esta sexta-feira uma pena de 25 anos de prisão para o ex-vice-presidente do governo da Catalunha, Oriol Junqueras, por causa do referendo ilegal de 1 de outubro de 2017 e a consequente proclamação unilateral de uma república da Catalunha independente de Espanha.

Junqueras é um dos 18 acusados no âmbito do chamado processo catalão e um dos oito que se encontram detidos. Para outros três acusados, Carmen Forcadell, Jordi Cuixart e Jordi Sánchez, o procurador pediu 17 anos de prisão. O procurador considera o ex-vice-presidente da Generalitat, a ex-presidente do Parlamento catalão e os ex-dirigentes da Assembleia Nacional Catalã e da Òmnium Cultural como responsáveis máximos do delito de rebelião.

Na semana passada, o atual presidente da Generalitat, Quim Torra, ameaçou paralisar a Catalunha se os dirigentes catalães que estão acusados - e que deverão começar a ser julgados no início de 2019 - não acabarem por ser absolvidos. "Voltar atrás não é uma opção. Não aceitarei outra sentença que não seja a absolvição total. Se houver condenações, irão enfrentar a determinação do 1 de outubro e do 3 de outubro", disse Quim Torra, numa mensagem televisionada, referindo-se ao referendo ilegal sobre o estabelecimento de uma República da Catalunha independente de Espanha, mas também aos protestos, aos confrontos e à greve de dois dias que se seguiram àquela consulta popular.

Torra, sucessor de Carles Puigdemont, ex-presidente da Generalitat, que não está preso porque fugiu para a Bélgica, admitiu que a declaração unilateral da independência catalã "não correu como queríamos" por culpa da "máquina repressiva" do Estado espanhol. Assinalando na semana passada um ano da declaração da independência, Torra sublinhou que esta tem "um mandato democrático do povo" da Catalunha e que este "tem direito à autodeterminação".

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