"Problema técnico" adiou demolição das chaminés da Central Termoelétrica de Setúbal
"Houve um problema técnico que não permitia fazer a demolição em segurança e obrigava a fazer novas verificações, pelo que se decidiu adiar a operação para uma nova data a anunciar oportunamente", disse à agência Lusa fonte oficial da EDP. A demolição da Central Termoelétrica, em Setúbal, estava prevista para as 13:00 deste sábado.
A demolição das chaminés obrigava ao prolongamento da restrições à circulação automóvel em toda a zona envolvente da antiga Central Termoelétrica de Setúbal, com todos os transtornos que isso poderia causar às pessoas, pelo que a empresa decidiu adiar a operação.
A operação de demolição das duas chaminés com cerca de 200 metros de altura, a cargo da empresa Maxam, especialista na utilização de explosivos para este tipo de atividades, começou a ser preparada há ano e meio e prevê a utilização de 150/200 quilogramas de explosivos em cada uma das duas chaminés.
Os trabalhos de desmantelamento/demolição da antiga central termoelétrica iniciaram-se em 2016, prevendo-se a sua conclusão até ao final deste ano. .
Embora reconheça que está dependente das avaliações do solo feitas depois do desmantelamento total, a EDP acredita que os trabalhos de descontaminação dos terrenos estejam concluídos no final de 2021. A ideia é que os terrenos possam vir a acolher um "projeto sustentável e que faça parte da transição energética".
Construída no final da década de 70 do século passado, a Central Termoelétrica de Setúbal, localizada na península da Mitrena, esteve mais de 30 anos em funcionamento, desde 1978 a 2013, estava equipada com quatro grupos de geradores e chegou a abastecer 25% da população portuguesa em território continental.