Sete dos 13 detidos na terça-feira por alegadas burlas e furtos qualificados em residências na área da grande Lisboa ficaram em prisão preventiva, informou hoje a Guarda Nacional republicana (GNR)..De acordo com a GNR, os 13 detidos foram presentes ao Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste -- Sintra, sete ficaram em prisão preventiva e seis ficaram sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência..As 13 pessoas, oito homens e cinco mulheres, foram detidas na terça-feira por alegadas burlas e furtos qualificados em residências na área da grande Lisboa..Os detidos, com idades compreendidas entre os 25 e os 56 anos, pertenciam a uma rede criminosa organizada e estão indiciados por 58 furtos..A operação, segundo a GNR, foi o culminar de uma investigação que durou cerca de oito meses, mobilizou 333 elementos da guarda em 42 buscas realizadas em Sintra, Lisboa, Torres Vedras, Odivelas, Caneças, Loures e Vialonga, das quais 24 domiciliárias, 11 a veículos, seis em estabelecimentos comerciais e uma no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre (distrito de Lisboa)..Durante a operação de buscas foram apreendidos 11 veículos ligeiros de gama alta, 198 artigos em ouro (brincos, fios, pulseiras, anéis e medalhas), num valor estimado em 130 mil euros, e diversos eletrodomésticos (aspiradores, ferros de engomar, forno elétrico, placa vitrocerâmica, máquina de café, entre outros)..A GNR indica que foram ainda apreendidas 10 televisões LCD, 25 telemóveis, 28 relógios de pulso, diverso material informático (10 'tablets', dois computadores, três colunas de som e um monitor), oito dispositivos de videojogos, cinco 'hoverboards', duas malas de senhora, no valor de 500 euros, e uma coleção de moedas..Foram ainda apreendidas 48 doses de haxixe, oito doses de cocaína e mais de cinco mil euros em numerário..Na altura em que anunciou a detenção, a GNR explicou que o "'modus operandi' consistia em abordar residências, preferencialmente moradias, subtraindo todo o material que nelas estivesse contido, com vista à sua venda e consequente ganho económico, com incidência no furto de ouro, dinheiro e eletrodomésticos".."Em alguns dos furtos, os suspeitos abordavam residências com idosos e, no sentido de se introduzirem nas casas, faziam-se passar por funcionários de entidades, alegando faturas por pagar e contagem de contadores, acabando por levar objetos, nomeadamente ouro", acrescentou..De acordo com a GNR, os detidos têm antecedentes criminais relacionados com a prática do mesmo tipo de crime.