Presidente egípcio admite que queda de avião russo foi atentado

Cairo tinha afirmado até agora que as causas da queda do aparelho eram desconhecidas
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O Presidente egípcio reconheceu hoje pela primeira vez que o avião de turistas russos que se despenhou em outubro no Sinai com um balanço de 224 mortos foi um atentado, como Moscovo afirmou quase de imediato.

O ramo egípcio do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado no próprio dia 31 de outubro, assegurando depois ter colocado uma pequena bomba no interior do aparelho, mas o Cairo tinha afirmado até agora que as causas da queda do aparelho eram desconhecidas.

"Que pretendiam os que abateram esta avião, sejam quem forem? Apenas atingir o turismo (no Egito)? Não, atingir as nossas relações com a Rússia", disse Abdel Fattah al-Sisi no decurso de uma conferência sobre o desenvolvimento do Egito e perante responsáveis e empresários, transmitida pelas televisões.

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Dez dias após o avião se ter despenhado, o Presidente russo Vladimir Putin anunciou que os seus investigadores concluíram tratar-se de um atentado, e proibiram qualquer voo entre a Rússia e o Egito até nova ordem. O Reino Unido proibiu todos os voos em direção à estação balnear de Sharm el-Sheik, de onde descolou o avião russo, e à semelhança de Moscovo repatriou de imediato todos os seus cidadãos no local.

O turismo, já profundamente afetado por uma vaga de atentados no Egito, está atualmente praticamente inativo. Londres ainda não retomou os voos para Sharm el-Sheik, e Moscovo mantém suspensas as ligações para todo o Egito.

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