Presidente do Peru admite referendo para perdoar Fujimori
"Eu recuso-me ser um carcereiro cruel. Se a situação de Fujimori se agravar devemos consultar o país porque este é um tema nacional, não depende de mim", afirmou Garcia ao diário El Comercio, citado pela agência de notícias Efe.
O presidente peruano acrescentou que discorda da tese de que a condenação de Fujimori a 25 anos de prisão por violação dos direitos humanos foi um excesso do juiz César San Martín.
"A interrupção da vida democrática origina que os países retrocedam historicamente", disse, acrescentando que, embora a situação no Peru causada pelo terrorismo do grupo Sendero Luminoso fosse muito complicada, "tudo poderia ter ser resolvido de outra maneira", diferente da escolhida por Fujimori . O antigo presidente foi condenado como "autor intelectual" de vários assassínios realizados por um comando chamado "Grupo Colina", durante o seu Governo, entre 1990 e 2000.
Garcia sublinhou ainda que a possibilidade de um indulto a Fujimori deve ser analisada por uma comissão médica "escrupulosa" de modo a certificar a doença grave de que este padece. Alberto Fujimori, de 72 anos, foi recentemente operado pela quarta vez a uma leucoplasia, uma lesão na língua considerada pré-cancerosa.