Presidente do ACP apela ao uso de cinto de segurança
Para Carlos Barbosa, "pôr o cinto de segurança é como ligar a ignição do carro": "Não consigo entender como é que as pessoas se metem num carro e não põem imediatamente o cinto de segurança", disse, em declarações à agência Lusa.
Na sequência do acidente que vitimou o artista de 28 anos e numa altura de férias, o ACP lançou hoje um apelo para a utilização do cinto de segurança, sublinhando que é, aliás, obrigatório.
"Nos últimos dias, por força do trágico acidente que vitimou um jovem cantor, vieram a público notícias altamente preocupantes que dão conta de que poucos são os portugueses que usam o cinto de segurança", refere o ACP em comunicado, considerando "inaceitável" a argumentação para este comportamento.
"É inaceitável, ainda mais quando neste acidente altamente mediatizado a única vida poupada foi precisamente a que levava o cinto de segurança", sustenta o ACP.
Carlos Barbosa sublinhou à Lusa que os jovens têm de perceber que "é uma estupidez morrerem por não usarem cinto de segurança". Considerou ainda que, "infelizmente", este acidente pode ter um efeito pedagógico nos jovens: "É um excelente exemplo para os jovens perceberem como é que um dos seus ídolos desapareceu e como eles podem ter capacidade para que isso não aconteça outra vez".
O Automóvel Clube de Portugal reforça ainda o apelo para "a vital importância do uso do cinto de segurança", principalmente "numa altura em que as férias estão à porta e as autoridades policiais adivinham um aumento da sinistralidade devido ao maior tráfego nas estradas nacionais".
O cantor e actor Angélico Vieira morreu na terça-feira em consequência das "graves lesões provocadas pelo acidente de viação de que foi vítima" no passado sábado, anunciou fonte do hospital de Santo António, no Porto.
Na sequência do acidente ocorrido na autoestrada A1, no sentido Porto-Lisboa, junto à saída para Estarreja, Angélico Vieira sofreu um traumatismo crânio-encefálico "muito grave".
O único ocupante que não foi projectado era um jovem que seguia ao lado do condutor com cinto de segurança e que teve ferimentos ligeiros.
Atrás seguiam outro homem, que foi projectado e atropelado depois mortalmente, e uma jovem, que sofreu ferimentos graves e está internada na Unidade de Cuidados Intensivos do hospital Santo António.