"Os locais desses focos são de muito difícil acesso, em encostas. Foram focos estratégicos, em pontos vulneráveis do concelho", afirmou à agência Lusa. Durante a tarde, os três focos que deflagraram de manhã uniram-se num só incêndio, que está a mobilizar 70 veículos e 295 operacionais, entre bombeiros, sapadores florestais e elementos do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR. Isaura Pedro, que se encontra no local, explicou cerca das 20:00 que "há um foco ainda de alguma dimensão em S. João do Monte, mas o fogo está a diminuir"..O número de meios empenhados, a ajuda dos meios aéreos que ainda se encontram no local e o arrefecimento nocturno deixam a autarcaptimista em relação à evolução do combate ao incêndio. "Penso que durante a noite as coisas vão acalmar", afirmou, acrescentando que "tem de ficar muita gente no terreno porque é preciso fazer rescaldo e vigilância toda a noite". Segundo Isaura Pedro, durante a tarde as chamas chegaram a ameaçar algumas casas, mas nenhuma foi atingida. "Não tivemos feridos, apenas um bombeiro com uma queimadura de primeiro grau", acrescentou..A responsável contou que "ardeu sobretudo mato, também alguns barracões", tendo os bombeiros conseguido salvar umas vinhas que produzem vinho do Dão. "Felizmente não houve grandes prejuízos, mas mais para a frente é que faremos uma avaliação mais precisa", referiu..A autarca sublinhou que, desde que tomou posse, em Outubro de 2005, "este foi o maior incêndio, apesar das dezenas de quilómetros de caminhos abertos por todo o concelho". No entanto, recordou, um grande incêndio ocorrido no verão antes de chegar à câmara, precisamente em Póvoa de Luzianes, chegou a destruir casas, entretanto já reconstruídas pela autarquia. "Hoje estive ao pé daquela população e as pessoas estavam aflitas, porque já passaram pelo mesmo há seis anos atrás", contou.