Presidente da Assembleia Nacional e antiga nadadora são novos ministros em França
Primeiro foi Nicolas Hulot. O ministro da Transição Ecológica demitiu-se do cargo na semana passada, durante uma entrevista em direto na rádio France Inter.
Para substituir Hulot, que era o ministro mais popular do governo, foi escolhido o até agora presidente da Assembleia Nacional, François de Rugy.
Rugy, de 44 anos, conhece uma ascensão rápida. Ex-militante do partido ecologista de esquerda (EELV), participou nas primárias de esquerda, nas quais recebeu 3,82% dos votos.
Como os restantes seis candidatos, Rugy comprometeu-se a apoiar o vencedor, mas trocou o suporte a Benoît Hamon, por Emmanuel Macron.
Na terça-feira de manhã foi a vez da ministra dos Desportos, Laura Flessel, anunciar em comunicado a saída do governo dirigido por Edouard Philippe.
"Após 16 meses apaixonantes à frente do Ministério do Desporto, tomei a decisão de sair do governo por razões pessoais", começou por escrever a antiga campeã olímpica de esgrima.
Flessel crê ter criado as fundações para uma "reforma profunda do modelo desportivo francês, em especial do seu governo". "Graças a um trabalho paciente de concertação passámos de uma lógica de confrontação a uma lógica de cooperação", afirma.
Na quinta-feira Laura Flessel entrou em desacordo com o presidente do Comité Olímpico Francês, Denis Messaglia, que pretende lançar uma petição para reclamar um aumento orçamental.
À France Presse, elementos da sua equipa afirmam que a demissão "não tem ligação com questões orçamentais". "Ela quer retomar a sua liberdade e agir de forma diferente", afirmaram à agência noticiosa.
Para o seu lugar entra a antiga campeã do mundo de natação (200 metros costas) e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney,, Roxana Maracineanu. A ex-desportista, nascida na Roménia, terá a gestão dos Jogos Olímpicos de 2024 como o grande dossiê.
Esta é a terceira remodelação durante a presidência Macron. A primeira aconteceu em junho de 2017, com a saída de quatro ministros, entre os quais François Bayrou (ministro de Estado), devido a investigações judiciais.
A segunda dá-se em 24 de novembro e dá-se ao nível dos secretários de Estadio e da alteração do porta-voz do governo. Christophe Castaner, eleito presidente do República em Marcha, cedeu o lugar a Benjamin Griveaux.
As saídas de dois dos mais populares ministros franceses dá-se numa altura em que o presidente Emmanuel Macron vive uma crise de popularidade. De tal forma que está abaixo do nível de popularidade de François Hollande no período homólogo.