Portugal regista primeira morte entre 10 e 19 anos. Era uma jovem com múltiplas patologias

Há agora 70786 casos ativos de coronavírus, segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde. Primeira morte na faixa etária entre os 10 e os 20 anos é a de uma jovem do Norte com múltiplas patologias.
Publicado a
Atualizado a

Portugal registou mais 4413 casos e 88 mortes nas últimas 24 horas pelo novo coronavírus, sendo que uma delas, do sexo feminino, se situa entre os 10 e os 19 anos, a primeira a lamentar nessa faixa etária. O DN conseguiu apurar que se trata de uma jovem do Norte com um quadro clínico com múltiplas patologias, que foi infetada pela covid-19, e veio a falecer nesta sexta-feira, numa unidade hospitalar da mesma região.

Na véspera o país batera o recorde de óbitos, 95, com a particularidade de se terem registado em todas as regiões do país, regiões autónomas incluídas.

Nas últimas 24 horas há a registar uma baixa significativa de pessoas internadas, menos 137, num total de 3093. Há também menos doentes (menos 4) nas unidades de cuidados intensivos, mas ainda assim acima dos 500 internados (503).

Portugal tem agora 70786 pessoas com o vírus, uma quebra de 480 em relação à véspera.

Na distribuição geográfica dos casos, a região Norte ultrapassou a barreira dos 180 mil casos, ao registar mais 2078 novas transmissões; e 38 óbitos, somando agora 3616.

Lisboa e Vale do Tejo, a segunda região mais atingida, conta 1347 novos contágios e 26 mortes, perfazendo agora 111 982 casos e 1889 mortes.

Na região centro foram diagnosticadas mais 738 pessoas com covid-19 (são agora 36096) e registados 21 mortos (num total de 738).

No Alentejo foram notificados mais 130 casos e 3 vítimas mortais, pelo que há agora um total de 7743 e 111, respetivamente.

No Algarve, nos Açores e na Madeira o número de mortes não sofreu alterações, sendo que o número de novas transmissões se situou em 62, 31 e 27, respetivamente.

Depois de na sexta-feira a ministra da Saúde Marta Temido ter pedido paciência à população no que respeita aos prazos de distribuição da vacina, mais de um terço dos portugueses não mostram interesse em recebê-la por não acreditarem na sua eficácia.

É esse o resultado de um inquérito da Eurosondagem para o semanário Sol e o Porto Canal, divulgado neste sábado.

À questão "quando houver uma vacina contra a covid-19, acredita nela e vai vacinar-se?", 48,5% dos inquiridos respondem que "sim", 37,2% "não" e 14,3% têm dúvidas, não sabem ou não querem revelar o que farão.

A maioria que se opõe à vacina é do sexo feminino (37,2%), contra 36,9% do sexo masculino. A Eurosondagem não estratificou as respostas a esta questão por grupos etários.

A corrida às vacinas continua a marcar a atualidade. No mesmo dia em que os Estados Unidos atingiram a marca do maior número de novos infetados num dia, 235 mil, o regulador da comercialização de fármacos nos Estados Unidos, Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, em inglês), autorizou o uso da vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer.

O anúncio foi feito pela diretora científica da agência norte-americana, depois de o processo de aprovação ter sido notícia devido às pressões políticas da Casa Branca, que ameaçou demitir o responsável da FDA, caso o organismo não aprovasse a utilização da vacina até ao final de sexta-feira.

O presidente cessante Donald Trump anunciou que a vacina da Pfizer contra a covid-19 já começou a ser distribuída por todo o país e que a primeira dose será administrada dentro de 24 horas.

"Através da nossa parceria com a Fedex e a UPS, já começámos a enviar a vacina para todos os estados e códigos postais do país; a primeira vacina será administrada em menos de 24 horas", disse num discurso na Sala Oval.

A pandemia de covid-19 já provocou a morte de pelo menos 1 595276 em todo o mundo desde que foi detetada na China no final do ano passado, avança a agência francesa de notícias AFP.

Foram oficialmente diagnosticados mais de 71 041350 casos de infeção desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 44 731000 já foram considerados curados.

Este número de casos diagnosticados reflete, no entanto, apenas uma fração do número real de infeções, já que alguns países testam só os casos graves e muitos países pobres têm capacidade limitada para fazer testes.

Nas últimas 24 horas, foram registados 12326 óbitos e 702077 novos casos em todo o mundo.

A Coreia do Sul, que é visto como um país modelo na forma como tem travado a transmissão do vírus, debate-se com o maior surto de sempre. No sábado foram registados 950 novos casos, quando o anterior recorde, datado de fevereiro, era de 909. No total registaram-se 41736 casos de coronavírus e 578 mortos.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt