Portugal subiu dois lugares no Ranking Mundial de Talento. O nosso país ocupa agora a 24.ª posição na tabela, depois de dois anos em 26.º lugar. Os dados são do Ranking Mundial de Talento ( IMD World Talent Ranking ), que revelam ainda que as empresas e a economia portuguesas estão à frente da Espanha e da Itália, em 32.º e 36.º lugares respetivamente..Para a edição de 2022 do IMD World Talent Ranking foram considerados 63 países, tendo sido analisado o desenvolvimento das empresas e da economia. Ou seja, uma forma de avaliar a maturidade desses países através da criação de valor a longo prazo, através da sua força de trabalho..Os três indicadores principais analisados foram a "atratividade", ou a capacidade de atrair talento estrangeiro e ainda conseguir reter o local; "investimento e desenvolvimento", ou os recursos destinados a cultivar uma mão-de-obra local e "preparação", que se traduz na qualidade das aptidões e competências disponíveis no grupo de talentos de um país..No que no "investimento e desenvolvimento" diz respeito, Portugal subiu três lugares, passando de 25.º para 22.º lugar. Relativamente a este indicador, é a nossa melhor posição desde 2018.O melhor lugar é atribuído ao indicador "preparação". O nosso país está em 19º e aqui foram incluídos os resultados de subindicadores como "Skiled Labour, Language Skills, University Education", entre outros..Já na pior posição encontra-se a "atratividade", que caiu 10 lugares desde o ano anterior. Portugal está agora em 40.º lugar, no que toca a este indicador..A liderar o Ranking Mundial de Talento encontra-se a Suíça, que pelo sexto ano consecutivo ocupa a primeira posição..Seguem-se a Suécia, a Islândia, a Noruega, e a Dinamarca. De salientar que a Islândia saltou, em 2018, do 16.º para o terceiro lugar e lá se mantém até agora..Como refere o relatório, "os padrões pré e pós-pandemia em relação à fuga de cérebros não foram muito prejudiciais para a competitividade de talentos dos países que conseguiram fortaleceram seu apelo". Exemplo desta afirmação é a Arábia Saudita, que ocupa a 30.ª posição (subiu oito lugares desde o ano passado) e que entre 2019 e 2022, foi a economia que mais aumentou o apelo por talento..Já os EUA (que estão em 16.º lugar, tendo perdido duas posições), Canadá, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca, Nova Zelândia, Hong Kong, Indonésia, África do Sul e Venezuela apresentam as maiores quedas na sua forma de atrair talentos.."A competitividade do talento no período pós-covid depende muito do nível de motivação da força de trabalho que, por sua vez, depende da remuneração, mas também da qualidade de vida e da liderança organizacional da economia", afirma Christos Cabolis, economista chefe do WCC (Centro Mundial de Competitividade)..O apelo de uma economia por mão de obra qualificada foi medido pelos pesquisadores através de fatores que incluem, entre outros, remuneração, impostos, custo de vida e sistema educacional, bem como a posição da economia em questões ambientais e um sistema judicial justo, explica o Ranking Mundial de Talento.."No futuro, os sistemas nacionais de educação serão menos importantes para determinar a qualidade da conjunção de talentos. Este é o resultado da globalização. Indiretamente, a qualidade de vida e a sustentabilidade económica também determinarão a qualidade do banco de talentos. Haverá vencedores e perdedores", declarou Arturo Bris, diretor do WCC..Mónica Costa é jornalista do Dinheiro Vivo