Portugal já tem 51310 casos confirmados e 1737 óbitos
O boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde revela que há mais duas mortes por covid-19 e mais 238 novos casos de infeção, o que representa um aumento de 0,5% em relação aos números de ontem. No total, o país regista 51310 diagnósticos de covid-19 desde o início da pandemia e atingiu os 1737 óbitos. Até agora recuperaram da doença 36783 pessoas.
Há neste momento 375 doentes internados, quarenta dos quais em cuidados intensivos. Os dois óbitos registados este sábado são na região de Lisboa e Vale do Tejo, sendo um homem e uma mulher na casa dos 80 anos. Esta região continua a representar o maior número de casos novos, na ordem dos 69%, com 164 casos. No Norte registaram 67 casos novos, o Centro 10, e o Alentejo mais dois.
A DGS informa que o relatório deste sábado reflete uma descida do número total de casos nas regiões do Algarve (879) e Açores (167) "por força da necessidade de correção da série histórica e da real atribuição dos mesmos a outras regiões de saúde".
Estes dados são revelados no dia em que o país entra este sábado numa nova fase de prevenção da pandemia e com o desafio de mais voos provenientes de outros países. A Área Metropolitana de Lisboa entra toda em estado de contingência e na Madeira passa a ser obrigatório o uso de máscara na rua até 31 de agosto.
A passagem para a situação de contingência das 19 freguesias de cinco concelhos da AML (Lisboa, Loures, Odivelas, Amadora e Sintra), que estavam em situação de calamidade desde o início de julho, foi decidida pelo Conselho de Ministros na quinta-feira. Assim, toda a Área Metropolitana de Lisboa, que integra 18 municípios, passou a estar em situação de contingência pelo menos até 14 de agosto, altura em que será feita uma nova revisão da situação pandémica.
O restante território de Portugal Continental permanece em situação de alerta, aquela em que o país se encontrava antes de ser decretado o estado de emergência em 18 de março e que é o nível mais baixo de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil, depois da situação de contingência e de calamidade (mais elevado).
Permanece igualmente em vigor, em todo o país, a proibição de consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos e a limitação de concentração de 20 pessoas nos territórios em situação de alerta e de 10 pessoas na AML.
Na quinta-feira, o Governo decidiu igualmente que a partir deste sábado os bares e discotecas, encerrados desde março, podem voltar a funcionar como cafés e pastelarias caso o queiram, "sem alterar a sua atividade".
Os bares e discotecas que optem por esta hipótese podem funcionar até às 20:00 na Área Metropolitana de Lisboa e até às 01:00 (com limite de entrada às 24:00) no resto do território continental, como a restauração, que também a partir de hoje pode funcionar com este alargamento de horário.
A partir deste sábado, duplica o número de países externos à União Europeia e ao Espaço Schengen que podem ter ligações aéreas regulares de e para Portugal por apresentarem um quadro epidemiológico positivo. A lista de países inclui a Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
O tráfego aéreo continua aberto com os países que integram a União Europeia, os países associados ao Espaço Schengen (Liechtenstein, Noruega, Islândia e Suíça) e o Reino Unido. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já tinha referido que os voos de e para outros destinos serão permitidos apenas em viagens essenciais. A autorização de viagens essenciais estava limitada, até agora, a voos com origem em e para países lusófonos e EUA.
O uso obrigatório de máscara em todos os espaços públicos na Madeira entrou também em vigor, coincidindo com o início da prorrogação da situação de calamidade no arquipélago, até 31 de agosto.
A medida foi anunciada pelo Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, na terça-feira e motivou polémica, sobretudo no que diz respeito ao suporte legal e à proporcionalidade face à situação epidemiológica da região, com apenas nove casos de covid-19 ativos, num total de 106 registados.
O executivo coloca, no entanto, o foco na prevenção e na defesa da saúde pública, justificando a resolução com o perigo de contágio resultante da entrada prevista de 150 mil turistas nos próximos dois meses e do recomeço das aulas, em setembro, que movimenta cerca de 43 mil alunos e seis mil professores.