Portugal do além

A alma penada de uma costureira de Torres Novas cuja máquina se fez ouvir por todo o país, a dupla portuense que apaixonou o Congresso Espiritualista de Paris e a moda das mesas girantes que originou polémicas acintosas nos jornais da época são alguns dos insólitos episódios narrados por Joaquim Fernandes no segundo volume da História Prodigiosa de Portugal.
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Depois dos Mitos & Maravilhas dos séculos XII a XVIII chega agora a vez das Magias & Mistérios dos séculos XIX e XX, ambos editados pela Verso da História. «São os quatro M que compõem a História do Inconsciente Coletivo Português. É a história na sua profundidade máxima porque tem que ver com as nossas crenças, as superstições básicas que nos movem», diz Joaquim Fernandes, professor universitário e cofundador do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência da Universidade Fernando Pessoa. As principais fontes foram os jornais da época que então conheciam um dos seus mais vibrantes períodos. Os fenómenos mágicos e misteriosos foram um rastilho fácil para explosivas querelas epistolares repletas de sarcasmo e ironia. O Jornal de Notícias e O Século, jornais populares e regeneradores, amplificavam e destacavam os eventos inexplicáveis. Já A Província e O Primeiro de Janeiro, marcadamente progressistas e positivistas, asseguravam o primado da ciência. Por fim, A Palavra e A Nação, da Igreja Católica, repudiavam tudo o que afrontasse os seus dogmas. Um fenómeno em concreto colocaria todos em confronto.

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